Neste mês de maio, as atenções estão voltadas para a conscientização e combate ao câncer cerebral. A campanha Maio Cinza é essencial, afinal, a neoplasia afeta o órgão responsável pelo controle de todas as funções do corpo. Este tumor, apesar de não ser tão frequente, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), ainda atinge 4% da população, ocupando o 10º lugar na lista dos tumores que mais causam mortes no Brasil.
A radioterapeuta da Oncoclínicas Espírito Santo, Lorraine de Souza Juri Travaglia, afirma que "este tumor pode ser tanto benigno, quanto maligno. O primeiro é caracterizado pelo crescimento lento, podendo ser solucionado com uma cirurgia para remoção. Já os malignos, têm um crescimento acelerado, apresentam sintomas e necessitam de tratamentos mais complexos". A detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de cura.
Os principais sinais deste tumor incluem convulsões, desmaios, tonturas, falta de equilíbrio, perda da visão, dores de cabeça, visão duplicada, gagueira ou perda da fala, dormência em pernas ou braços, confusão mental, esquecimentos, dificuldade ou incapacidade de engolir os alimentos, além de movimentos involuntários.
Quanto às formas de tratamento, Lorraine explica que as opções dependem do tamanho e localização do tumor, e podem ser realizadas por meio de cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia, sendo que a expectativa de cura, para tumores dessa natureza, passa necessariamente pela cirurgia.
Ela também destaca a radiocirurgia como uma opção inovadora: "A radiocirurgia é uma forma de tratamento que, apesar de ser chamada de cirurgia, é um procedimento externo, indolor, sem corte ou sangramento. A vantagem desse tipo de radioterapia é que a radiação é focada e precisa na lesão cerebral, fazendo com que o tecido normal ao redor da lesão receba pouca ou nenhuma emissão. Além disso, ela pode ser realizada em uma só sessão, oferecendo uma alternativa eficaz e menos invasiva para os pacientes”, finaliza.
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