O cantor Netinho foi diagnosticado com um câncer no sistema linfático. O artista, de 58 anos, já começou o tratamento contra a doença em Salvador (BA).
O artista estava internado desde o dia 25 de fevereiro, após sentir fortes dores nas costas. Segundo o boletim médico, o artista já está em acompanhamento onco-hematológico com a médica Glória Bonfim. Ele também seguirá um tratamento mais intenso na clínica Oncologia D'Or.
"O paciente Ernesto de Souza Andrade Junior, Netinho, recebeu alta hoje (21/03) do Hospital Aliança Star e seguirá sob os cuidados da Oncologia D'Or, em Salvador. Netinho foi diagnosticado com um câncer no sistema linfático, denominado linfoma e está em acompanhamento onco-hematológico sob a coordenação da Dra. Glória Bondim. O cantor segue em tratamento com suporte médico especializado", diz o boletim.
O câncer é o crescimento desordenado de células anormais. Quando a origem dessas células ocorre nos órgãos do sistema linfático - medula óssea, linfonodos, baço e outros tecidos linfáticos - são chamados de tumores linfáticos.
"Uma diferença importante desse grupo de tumores em relação aos tumores sólidos (mama, próstata, pulmão, etc) é que uma vez que as células do sistema linfático 'andam' pelo corpo a noção de metástase (que é quando um tumor se dissemina a distância) não se aplica a eles", explica o onco-hematologista Wesley Lemgruber, da Unimed Vitória.
O médico conta que existem mais de 80 tipos diferentes de linfomas. A primeira separação é entre os linfomas de Hodgkin (cinco subtipos) e os linfomas não Hodgkin. "O que difere esses subgrupos é a presença ou ausência de uma célula específica chamada célula de Reed-Sternberg. Quando presente (linfoma de Hodgkin), quando ausente (linfoma não Hodgkin). Do ponto de vista clínico pode ser muito difícil a separação entre eles".
Os primeiros sintomas são inespecíficos. Os principais são: perda de peso, febre, sudorese a noite e coceira no corpo. "Os últimos sintomas são muito variados, como o aumento progressivo de linfonodos (ínguas), a dificuldade respiratória (presença de tumor em tórax), o aumento de volume abdominal (presença de tumor abdominal), os sinais de mau funcionamento da medula óssea - anemia, redução do número de plaquetas, além dos sintomas neurológicos", diz Wesley Lemgruber.
O tratamento dependerá diretamente do subtipo do tumor e da capacidade física do paciente. "Em linhas gerais ele consiste de uma combinação de imunoterapia e quimioterapia podendo ser utilizada, em algumas situações radioterapia. O transplante de medula óssea e, mais recentemente, a terapia CAR-T são outras ferramentas utilizadas para condições específicas", diz o médico.
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