A atriz Paula Burlamaqui, de 57 anos, gravou um vídeo em que aparece internada para contar a seus seguidores no Instagram que passou por uma cirurgia no quadril nesta segunda-feira (12)."Tive um desgaste no meu quadril. Eu fiquei tentando fazer fisioterapia, pegar leve, não sei o quê, mas... Agora é aquele momento daquela camisola linda que você bota para operar, coisa mais linda do planeta essa camisola", brincou a artista.
Segundo Paula, a cirurgia foi necessária devido a um desgaste da cartilagem. "Encarando a vida como ela é, operando o meu quadril direito que estava com uma artrose avançada. Deu tudo certo! Agora é só recuperar bem. Obrigada a todas as mensagens de carinho e amor que recebi", agradeceu.
A artrose é caracterizada pelo desgaste e degeneração da cartilagem articular. "Ela é considerada uma doença relacionada ao envelhecimento e/ou uso excessivo da articulação", explica o ortopedista Marcos Cortelazo.
O médico conta que as pessoas mais jovens também estão desenvolvendo artrose devido ao aumento da prática de atividade físicas de impacto, bem como pelo aumento da incidência de obesidade entre a população mais jovem. Segundo o especialista, é possível prevenir a articulação por meio de medidas que a protejam como: manutenção do peso corporal adequado, condicionamento físico ou fortalecimento muscular, evitar o uso excessivo das articulações, bem como torções ou traumas em geral. As articulações afetadas são: joelhos, quadris, mãos, coluna vertebral, pés e ombro. “Dentre elas, a mais a afetada é a articulação do joelho”, diz o médico.
O médico conta que a ajuda médica deve ser buscada quando ocorre aparecimento de sintomas como dor persistente, limitação de movimentos e inchaços de repetição. “As principais atividades físicas que podem proteger as articulações e diminuir o avanço da artrose são a musculação ou fortalecimento e as aeróbicas sem impacto ou de baixo impacto como bicicleta, transport e natação”, explica Marcos Cortelazo.
Os tratamentos vêm avançando através do desenvolvimento de substâncias que podem proteger a cartilagem através da diminuição do atrito e controle do processo inflamatório articular, como o Ácido Hialurônico, até o desenvolvimento de próteses customizadas, ou seja, feitas para o próprio indivíduo. “Estão dedicados tanto ao controle da dor bem como à substituição da articulação quando necessário nos casos mais graves”, explica.
Os tratamentos em geral variam com a gravidade da doença, segundo o especialista. “Casos leves e moderados estão voltados para o controle da dor, melhora da mobilidade e manutenção dos movimentos. Aqui os mais indicados são medicações analgésicas e anti-inflamatórias, fisioterapia e condicionamento físico. Nos casos mais graves ou formas mais avançadas da doença estão indicadas as cirurgias para substituição das articulações, também conhecidas como artroplastias”, diz Marcos.
Para o futuro, o médico espera tratamentos baseados em terapias de controle da dor e da evolução da doença nos casos leves e moderados, por meio da medicina regenerativa. “Nos casos graves a evolução caminha para o uso de próteses customizadas, ou seja, cada vez mais personalizadas e adaptadas ao próprio paciente”, finaliza o médico.
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