A canelite, também chamada de síndrome do estresse tibial medial (SETM), é uma inflamação causada por lesões no osso da canela (tíbia), tendões e músculos inseridos na tíbia. O principal sintoma é uma dor intensa na parte interna da tíbia que pode se estender até o tornozelo. Normalmente, a dor pode ser mais forte durante ou depois da prática de esportes.
Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Dores Crônicas e Saúde Postural, a canelite é uma das lesões mais prevalentes em pessoas que praticam corridas. "Em geral, a condição está associada a movimentos repetitivos e de alto impacto na tíbia. Os treinamentos em excesso, tênis sem sistema adequado de amortecimento, desequilíbrios nos músculos dos pés, pernas e obesidade são importantes fatores de risco para desenvolver a canelite”.
O ortopedista Bernardo Barroso, do Vitória Apart Hospital, explica que a canelite pode acometer diferentes partes e estruturas da perna, provocando dor e sensibilidade em locais diferentes. "A diferenciação entre anteromedial e posterolateral pode ser relevante para ajustar estratégias de tratamento e prevenção, focando em aspectos biomecânicos e causas específicas associados a cada tipo".
Alguns fatores implicador:
Há outras causas como pisada pronada, fatores genéticos, falta de alongamento e menopausa. Em casos raros, a canelite pode estar associada a fraturas, infecções ou ainda à tumores na tíbia.
Inicialmente, o tratamento da canelite é conservador. Ou seja, são usados recursos clínicos para alcançar a melhora do quadro. A primeira recomendação é o repouso total e afastamento de todas as atividades físicas.
“A canelite ocorre devido a uma sobrecarga mecânica em várias estruturas da perna, ou seja, não é apenas a tíbia que está envolvida no quadro doloroso. Por isto, o descanso é essencial para a recuperação”, conta Walkíria Brunetti.
“Além do repouso, na primeira fase do tratamento podem e devem ser usadas medidas de alívio para dor como compressas frias, analgésicos e, quando necessário, imobilização da perna. Há recursos para alívio da dor como ultrassom, laser e aparelhos de eletroestimulação”, adiciona a especialista.
Quando o paciente saí da crise aguda de dor, é importante iniciar a fisioterapia, para reabilitação e recuperação das estruturas lesionadas. “É feito um trabalho de reorganização para melhorar e normalizar a biomecânica das estruturas afetadas, como ossos, tendões e músculos”, diz a fisioterapeuta.
“Caso o paciente tenha uma pisada pronada, por exemplo, é importante corrigi-la e indicar o uso de uma palmilha para ajudar neste processo. O fortalecimento dos músculos das pernas, pés e até mesmo do tronco e coluna lombar também é importante, bem como o alongamento”, acrescenta.
Por fim, em muitos casos o paciente vai precisar ficar um bom tempo afastado dos esportes de alto impacto, como as corridas, até que a canelite melhore de forma definitiva. "Caso volte a correr, a pessoa precisa investir em um tênis com sistema de amortecimento e evitar correr em terrenos acidentados”, finaliza a especialista.
Já estão abertas as inscrições para a 11° edição da Corrida da Penha. Ela acontece no dia 31 de março, com largada na Praça dos Ciclistas, na Praia de Itaparica, e chegada na Prainha, em Vila Velha. Além da corrida para adultos, terá a tradicional Corridinha da Penha para as crianças, com percurso menor.
Os participantes da corrida vão receber um kit com camisa do evento, número de competição, chip para cronometragem e também dois meses de assinatura gratuita em A Gazeta + Clube A Gazeta.
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