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Entenda o que é a leucemia mieloide aguda, doença que afeta Fabiana Justus

Entenda o que é a leucemia mieloide aguda, doença que afeta Fabiana Justus

A influencer anunciou, por meio de suas redes sociais, que está internada desde que teve o diagnóstico. De acordo com hematologista, o avanço dos tratamentos tem aumentado os índices de cura da doença

Publicado em 26 de janeiro de 2024 às 16:53

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Fabiana Justus
Fabiana Justus  está realizando um tratamento contra a leucemia mieloide aguda. (Reprodução @Fabianajustus)

A influencer Fabiana Justus anunciou em suas redes sociais nesta quinta-feira (25) que está realizando um tratamento contra a leucemia mieloide aguda (LMA). Segundo a filha do empresário Roberto Justus, ela está internada desde que recebeu o diagnóstico e passa pela primeira fase do tratamento.

"Fui diagnosticada com leucemia mieloide aguda. E o nome assusta, tudo assusta. Mas estou nas mãos de um super médico, estou sendo muito bem assistida. As coisas foram muito rápidas, até pela característica da doença e a forma que tem que ser o tratamento. Vim para o pronto-socorro por conta de uma dor nas costas esquisita e febre e, desde então, não saí mais", declarou Fabiana em vídeo.

O hematologista Douglas Covre Stocco, da Unimed Vitória, explica que, embora a LMA seja uma doença muito grave, o avanço dos tratamentos tem garantido maiores índices de cura. O especialista explica que esse tipo de leucemia é uma doença das células jovens da medula óssea, neste caso, dos blastos mieloides.

“São essas células jovens que geram as demais células sanguíneas. A LMA acontece quando ocorre uma mutação que as impede de maturar e faz com que elas se multipliquem sem controle dentro da medula. É diferente das leucemias crônicas, que ocorrem em células maduras”, detalha. 

Douglas Covre Stocco
Douglas Covre Stocco fala sobre o tratamento da doença. (Divulgação)
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É uma doença muito grave porque as células do sangue ficam doentes e o corpo fica sem defesa, suscetível às doenças

Douglas Covre Stocco
Hematologista
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Ainda segundo o hematologista, não há como prevenir a leucemia mieloide aguda, já que os motivos que levam às mutações dentro da medula óssea ainda são desconhecidos. No entanto, é possível citar alguns fatores que aumentam o risco de desenvolvimento do quadro, como passar por quimioterapias e radioterapias, a exposição a agrotóxicos e o tabagismo.

Veja os sintomas

Fabiana Justus afirma que buscou ajuda médica após ter febre e sentir dores nas costas. De acordo com o médico Douglas, ambos podem ser sintomas da LMA, assim como outros.

A febre é um sintoma comum, que está associado à presença de infecções. A dor nas costas nem tanto, mas pode ocorrer em função da expansão da medula óssea. O que acontece é que, como há substituição das células normais por células doentes, o corpo deixa de fabricar hemácias, plaquetas e células de defesa. Isso pode gerar anemia e, consequentemente, fraqueza, indisposição e sonolência. Também podem ocorrer sangramentos, hematomas pelo corpo e aumento do fluxo menstrual, além de ínguas. Em alguns casos, também pode afetar um órgão específico, formando uma massa dentro desse órgão”.

Diagnóstico precoce é o caminho

Como não é possível prevenir a LMA, o sucesso do tratamento depende de um fator fundamental: o diagnóstico precoce. De acordo com Douglas, descobrir a doença em estágio inicial, como foi o caso de Fabiana Justus, é benéfico porque torna o tratamento mais eficaz e evita complicações de saúde que podem ser ocasionadas pela condição.

“No próximo mês nós teremos a campanha Fevereiro Laranja, que vai alertar justamente sobre a importância do diagnóstico precoce”, pontua o especialista.

Conforme explica o hematologista, o tratamento na fase inicial é chamado de indução, quando os médicos tentam induzir a remissão da doença. Caso o paciente tenha pré-disposição a desenvolver a LMA novamente, ele precisará passar por um transplante de medula óssea. Caso os especialistas identifiquem que não há essa pré-disposição, o tratamento com quimioterapia pode ser suficiente.

“O tratamento varia de caso para caso, mas tem havido muitos avanços. Temos conseguido utilizar terapias alvo, que são terapias que vão direto na mutação genética que causou a mutação e conseguem revertê-la. Temos também as imunoterapias. Quanto mais cedo identificamos a doença, maiores são as chances de cura”, finaliza Douglas.

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