A calvície, também conhecida como alopecia androgenética, é uma condição que resulta na redução parcial ou total dos cabelos. "Ela tem um forte componente genético e está diretamente ligada à ação de hormônios androgênicos, como a diidrotestosterona (DHT). A calvície pode afetar tanto homens quanto mulheres, embora seja mais comum no sexo masculino devido à presença da testosterona", explica a médica Renata Melo.
Nos homens, a calvície se manifesta como falhas nas entradas e no topo da cabeça. Já nas mulheres, ela aparece como um afinamento difuso dos fios, que se tornam progressivamente mais finos, deixando o couro cabeludo mais exposto e alargando a risca que divide o cabelo.
De acordo com a médica, a principal causa da calvície é hereditária. "No entanto, outros fatores também podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição, como alterações hormonais, carências de vitaminas e minerais, deficiência de ferro, uso de certos medicamentos e até mesmo o estresse”, explica.
Alguns medicamentos são bastante eficazes. O minoxidil, e finasterida e a dutasterida são exemplos que ajudam a reduzir a queda de cabelo e, em alguns casos, podem até estimular o crescimento de novos fios, especialmente em áreas onde ainda existem folículos capilares viáveis.
Mas, como todo tratamento, os medicamentos não estão isentos de riscos. "O minoxidil, por exemplo, pode causar efeitos colaterais, como o crescimento de pelos em outras partes do corpo, uma condição chamada hipertricose", adverte a médica.
Apesar dos desafios, o minoxidil continua sendo um dos tratamentos mais utilizados. "Ele é amplamente recomendado, mas o uso tópico apresenta algumas desvantagens, como a necessidade de aplicação duas vezes ao dia, além de causar uma sensação e aparência indesejáveis nos fios e irritação no couro cabeludo", explica.
A médica conta que o minoxidil oral, que tem mostrado resultados positivos, deve ser prescrito por um médico, pois foi originalmente utilizado para tratar hipertensão arterial, e a hipertricose foi notada como um efeito colateral. "Usado em doses baixas, ele relaxa a musculatura vascular, aumentando o aporte sanguíneo e, assim, alonga a fase anágena do cabelo, promovendo o aumento do diâmetro e comprimento dos folículos pilosos”, diz.
Outro medicamento bastante utilizado é a finasterida. "Ela atua reduzindo os níveis de DHT, prevenindo a miniaturização dos folículos capilares, mas também requer prescrição médica devido aos seus potenciais efeitos colaterais, como diminuição da libido, disfunção erétil e ginecomastia (aumento das mamas nos homens)".
Além desses, existem outros medicamentos que podem ser indicados, como a dutasterida, a espironolactona e até fitoterápicos como o saw palmetto. "É importante lembrar que todos esses medicamentos têm seus efeitos colaterais e devem ser prescritos após uma avaliação detalhada e individualizada de cada paciente", reforça a médica.
Sobre prevenir a calvície, Renata explica que, embora não seja possível prevenir a condição em todos os casos, especialmente quando há um forte componente genético, algumas medidas podem ajudar a retardar seu progresso. "Manter uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas, evitar o estresse, o consumo de álcool e o tabagismo são fundamentais. Além disso, é crucial procurar um profissional habilitado ao primeiro sinal de queda de cabelo", aconselha.
A médica destaca no seu trabalho os tratamentos que hoje atuam na calvície com diversa tecnologias modernas: "Atualmente, existem diversos procedimentos tecnológicos que têm se mostrado eficazes contra a calvície, como o laser. O tratamento personalizado começa com uma consulta médica detalhada, seguida de análise macroscópica do cabelo e exames para verificar possíveis deficiências de vitaminas ou minerais", finaliza.
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