As altas temperaturas que atingiram os estados brasileiros nas últimas semanas assustaram a população. Ondas de calor tomaram conta de diversas cidades do Brasil em novembro. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Cuiabá, no Mato Grosso, está com média de 34ºC; Rio de Janeiro, capital, 28ºC; Vitória, no Espírito Santo, tem registrado média 28,7ºC. Esses são apenas alguns exemplos do que o país tem enfrentado nesse fim de ano.
É necessário ter bastante atenção, uma vez que o calor extremo pode causar riscos à saúde. Conforme a médica de família e comunidade Priscila Daflon, da Unimed Vitória, as altas temperaturas podem causar cãibras, exaustão, desidratação e, principalmente, insolação, uma condição grave provocada pelo excesso de exposição ao sol e ao calor intenso. “Ela acontece quando a temperatura corporal ultrapassa os 40ºC, fazendo com que o mecanismo de transpiração falhe e o corpo não consiga se resfriar”.
A exposição ao sol forte pode causar insolação, uma emergência médica que pode resultar em danos permanentes aos órgãos vitais ou até mesmo em morte, se não for tratada imediatamente. A médica Hayda Brandão, da Rede Meridional, conta que o calor do verão brasileiro traz consequências para todos, principalmente para os idosos e as crianças. "Ambas as faixas etárias apresentam menor capacidade de regular o fluxo sanguíneo e as glândulas sudoríparas. Além disso, têm a pele mais fina, com facilidade de desidratação, além de beberem menos líquidos".
A desidratação é uma doença potencialmente grave que se caracteriza pela baixa concentração não só de água, mas também de sais minerais e líquidos orgânicos no corpo, a ponto de impedir que ele realize suas funções normais e ela ocorre quando a ingestão de líquidos é insuficiente, nos quadros de vômitos, diarreias e febre, nos dias de muito calor devido à transpiração excessiva. "Para muitos, pode parecer um problema banal, mas a desidratação é um problema grave que pode levar ao coma e até à morte", diz Hayda Brandão.
Beber água não é a única maneira de manter uma boa hidratação. "Vários outros alimentos e bebidas podem entrar no nosso dia a dia, como iogurte com frutas, água saborizada (sem açúcar), saladas, frutas e chá", conta Hayda Brandão.
Se hidratar é fundamental:
A insolação é uma condição grave provocada pelo excesso de exposição ao sol e ao calor intenso. Ela acontece quando a temperatura corporal ultrapassa os 40ºC, fazendo com que o mecanismo de transpiração falhe e o corpo não consiga se resfriar.
Estão mais predispostos a insolação crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas, como câncer, diabetes, hipertensão, e pessoas com imunidade baixa, como transplantados e portadores de HIV/Aids. "Além de mais expostos, estes grupos tendem a evoluir com maior gravidade", diz Priscila Daflon.
As altas temperaturas estressam o sistema cardiovascular e fazem o coração trabalhar mais. E isso aumenta o perigo de problemas cardiovasculares, como infartos, arritmias e insuficiência cardíaca, especialmente em quem tem doenças crônicas. "A situação pode provocar ainda inchaço das pernas, aumentando o risco de trombose e de embolia pulmonar".
Nos casos mais graves podem surgir alterações físicas – desidratação, erupção cutânea (manchas arroxeadas na pele), câimbra, taquicardia, queda da pressão e baixo fluxo de sangue no cérebro, levando a alterações neurológicas e exaustão muscular.
Outra condição é a exaustão pelo calor, resultante da perda de água e sal e inclui sintomas como fraqueza, dor de cabeça, náusea e tontura. A pessoa afetada pode sentir desmaios e até mesmo perder a consciência quando está de pé.
* Vitor Gregório é aluno do 26º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta e foi supervisionado pelo repórter de HZ Guilherme Sillva
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