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Entenda os riscos da suplementação sem orientação médica

Entenda os riscos da suplementação sem orientação médica

Em certos grupos específicos, a suplementação é necessária para garantir que o organismo receba todos os nutrientes de que precisa

Publicado em 3 de setembro de 2024 às 09:00

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Suplementação
O uso sem a orientação de um profissional pode trazer mais riscos do que benefícios. (Shutterstock)

A ideia de adicionar nutrientes à dieta, como vitaminas, minerais ou aminoácidos, através de cápsulas parece uma solução fácil para melhorar o funcionamento do organismo. No entanto, o uso sem a orientação de um profissional pode trazer mais riscos do que benefícios.

A endocrinologista Gisele Lorenzoni destaca que a suplementação pode, de fato, ser uma ferramenta valiosa para corrigir deficiências nutricionais e apoiar a saúde geral. Ela explica que, em certos grupos específicos, como grávidas, idosos, veganos, vegetarianos e atletas de alto desempenho, a suplementação é necessária para garantir que o organismo receba todos os nutrientes de que precisa. Nesses casos, os suplementos podem melhorar o sistema imunológico, a função cerebral e até mesmo ajudar na prevenção de doenças crônicas.

 Por outro lado, o consumo de vitaminas e minerais sem necessidade comprovada pode ser perigoso. "Tomar vitaminas sem necessidade pode levar a um desequilíbrio nutricional, prejudicando a absorção de outros nutrientes", adverte. Ela ressalta que o excesso de vitaminas, especialmente as lipossolúveis como A, D, E e K, pode se acumular no corpo e causar toxicidade.

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Os efeitos adversos podem variar desde problemas digestivos até complicações mais sérias, como danos ao fígado e problemas renais

Gisele Lorenzoni
Endocrinologista
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A endocrinologista também fala sobre o risco associado à automedicação com suplementos. "Quando a pessoa decide, por conta própria, adicionar suplementos sem a orientação de um médico, ela se expõe a perigos como superdosagem e interações prejudiciais com outros medicamentos que esteja tomando. Além disso, os sintomas de outras condições de saúde que necessitariam de atenção médica podem ser mascarados, o que atrasa diagnósticos e tratamentos importantes".

Um dos exemplos mais comuns é o uso indiscriminado de vitamina C, frequentemente associada à prevenção e tratamento de gripes e resfriados. Embora a vitamina C possa ajudar a fortalecer o sistema imunológico, ela não cura a gripe e seu excesso pode levar a problemas como cálculos renais.

"É essencial que as pessoas entendam que os suplementos não substituem uma alimentação equilibrada e variada, que, para a maioria das pessoas, é suficiente para fornecer todas as vitaminas e minerais necessários em quantidades adequadas", enfatiza.

A médica reforça a importância de buscar orientação profissional antes de iniciar qualquer tipo de suplementação. "Cada indivíduo tem necessidades nutricionais específicas, e somente um profissional de saúde pode avaliar corretamente essas necessidades e prescrever a suplementação de forma segura e eficaz", conclui Gisele Lorenzoni.

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