Quando você ouve o termo “reposição hormonal” é possível que pense, imediatamente, em saúde feminina. E o senso comum vai além, dando a entender que tratamento é exclusivo para mulheres. Mas saiba que não é.
É fundamental que homens conheçam, participem e compreendam o momento da vida da mulher que marca o início de um processo de envelhecimento. Também é importante que eles saibam que o tratamento de reposição hormonal de testosterona está disponível para auxiliar os homens no seu próprio processo de envelhecer e da chamada andropausa.
“É comum o paciente procurar o médico só por questões relacionadas à libido e à disfunção erétil, mas cansaço excessivo, perda de pelos, irritabilidade, insônia, entre outros, podem ser sintomas de queda na testosterona. Além disso, estilo de vida e sedentarismo favorecem a redução desses níveis cada vez mais cedo”, considera o urologista Rodrigo Pastor, da MedSênior.
A reposição hormonal masculina é recomendada quando os níveis de testosterona estão abaixo da normalidade, isto é, menores que 230 ng/dL. Mas a avaliação clínica também é importante. "Ouvir o paciente, saber sobre seus hábitos, modo de vida e as mudanças que têm acontecido... Tudo isso é importante para que médico e paciente decidam pela reposição hormonal, avaliando o quanto esses sintomas repercutem sobre a qualidade de vida e o bem-estar", diz o médico.
A reposição hormonal não é recomendada se os níveis estão dentro da normalidade. "Não se deve fazer a reposição apenas para fins estéticos, porque há riscos e efeitos colaterais podem surgir e trazer danos à saúde do indivíduo", ressalta Rodrigo Pastor.
Entre os sintomas da queda de testosterona estão a diminuição do interesse sexual; dificuldade de ereção; falta de concentração e comprometimento da capacidade intelectual; perda de pelos; ganho de peso à custa de gordura; diminuição de massa e força muscular; irritabilidade; e insônia.
Diferentemente das mulheres, que, geralmente, visitam um ginecologista desde a primeira menstruação e realizam exames de rotina, preocupadas com a saúde íntima, o hábito de se cuidar com acompanhamento não é tão comum entre os homens. "É importante desenvolver um olhar para a saúde do homem como um todo, incluindo as questões hormonais e a sexualidade", diz o urologista.
Por outro lado, deve-se ter atenção aos riscos associados à reposição, como infertilidade, doenças cardíacas, doenças do fígado, aumento do colesterol e da viscosidade do sangue, comportamento agressivo, acne e queda de cabelo, para citar os mais comuns. Eles acontecem mais comumente quando há excessos ou quando um paciente com testosterona normal decide fazer reposição. O acompanhamento médico é indispensável.
Há injeções, gel de uso diário e implante subcutâneo como formas de repor. É preciso avaliar com o médico o mais adequado para cada caso. "O estilo de vida tem relação direta com os níveis de testosterona. Prática de atividade física, alimentação, sono, controle de estresse, redução de álcool e cigarro, muitas vezes, conseguem aumentar a testosterona, a libido e a massa muscular sem uso de medicações", finaliza o médico.
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