O apresentador Fausto Silva fez uma embolização nesta semana, procedimento cirúrgico em que o fornecimento de sangue é interrompido propositalmente em uma parte do corpo.
Faustão fez um transplante de rim no dia 26 de fevereiro, mas "questões linfáticas estavam atrasando sua recuperação", segundo informações da assessoria de imprensa da família ao G1.
Murilo Hosken, cirurgião vascular e endovascular da Unimed Vitória, explica que a embolização consiste em uma técnica cirúrgica minimamente invasiva, que envolve a inserção de um cateter em um vaso sanguíneo ou linfático, utilizando-se de um ponto de acesso na virilha ou no braço, por exemplo. "Tem como finalidade bloquear de forma proposital o fluxo sanguíneo ou linfático em uma área específica do organismo", diz.
O médico conta que a embolização não é um procedimento comum do tratamento pós-transplante renal. "No entanto, pode ser necessária em certas circunstâncias específicas, como para tratar complicações que podem surgir após o transplante. Algumas dessas complicações incluem as hemorragias, as fístulas arteriovenosas, ou os problemas relacionados ao fluxo sanguíneo, ou linfático no rim transplantado", explica.
Apesar dessas possibilidades, o médico diz que é importante notar que tais intervenções são relativamente raras e geralmente representam uma resposta a complicações específicas, ao invés de uma parte da recuperação após um transplante renal. "O objetivo sempre é preservar a função do rim transplantado e garantir a melhor recuperação possível para o paciente", diz Murilo Hosken.
O método pode ser benéfico no manejo de enfermidades do sistema cardiovascular e também apresenta vantagens para tratar diferentes problemas de saúde.
"A embolização é recomendada para tratar condições como câncer, doenças renais policísticas, aneurismas cerebrais e renais, tratamento de hemorroidas, sangramentos de difícil controle com cirurgia aberta, tratamento de dor na osteoartrite, além de certas afecções na próstata", conta o médico.
O cirurgião explica que a embolização pode ser realizada em diversas partes do corpo. "Potencialmente, poderíamos dizer que ela pode ser utilizada em qualquer região em que seja possível acessar por um vaso sanguíneo ou linfático. Contudo, a aplicabilidade e segurança da embolização para uma área específica do corpo dependem de vários fatores, incluindo a natureza da doença, a anatomia vascular do paciente, e os riscos associados ao procedimento".
A embolização, embora minimamente invasiva e altamente eficaz para o tratamento de várias condições, carrega alguns riscos e potenciais complicações, como qualquer procedimento médico. "Os perigos ou efeitos adversos associados à embolização podem variar dependendo da área do corpo tratada, da saúde geral do paciente, e da complexidade do procedimento".
Murilo Hosken diz que é importante discutir os riscos específicos com o médico responsável antes do procedimento, pois eles podem variar com base na condição individual do paciente, o tipo de embolização planejada, e a localização do tratamento. "A equipe médica tomará todas as precauções necessárias para minimizar os riscos e monitorar o paciente durante e após o procedimento para garantir uma recuperação segura", finaliza.
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