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Faustão passa por hemodiálise; entenda como funciona o procedimento

Faustão passa por hemodiálise; entenda como funciona o procedimento

A hemodiálise é recomendada quando o rim está com um funcionamento das suas atividades menor que 10%, não conseguindo desempenhar a sua função

Publicado em 25 de março de 2024 às 16:17

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Fausto Silva, Faustão
O apresentador tem sido submetido as sessões de hemodiálise. (Band/Divulgação)

Segundo boletim médico divulgado na sexta-feira (22), o apresentador está em um apartamento e tem sido submetido as sessões de hemodiálise. O procedimento é necessário quando o rim não consegue desempenhar sua função.

A equipe médica ainda informou que Faustão aguarda a adaptação do órgão e a recuperação da função renal. "Está consciente, conversa normalmente e respira sem a ajuda de aparelhos", diz o comunicado.

O que é a hemodiálise

A hemodiálise é um tratamento que realiza a filtragem do sangue. O procedimento é feito através de uma máquina. Nela existe um filtro, conhecido como dialisador (o rim artificial), usado para limpar o sangue. O sangue do paciente em tratamento é bombeado por meio de um cateter ou uma fístula arteriovenosa (ligação entre uma artéria e uma veia), e passa através da linha arterial do dialisador, onde o sangue filtrado segue novamente para o corpo do paciente.

Segundo o nefrologista Sergio Gobbi, da Rede Meridional, o procedimento funciona como um rim artificial. "O paciente terá algumas limitações em termos de dieta, de gestão de líquido, de necessidade de uso de algumas medicações, mas o efeito primordial da diálise que é substituir o rim, filtrando o sangue, é realizado com eficácia através desse tratamento". 

O médico explica que o tratamento é imprescindível para manter a vida da pessoa que perdeu a função renal. “O paciente que precisa fazer a hemodiálise crônica, geralmente a faz três vezes por semana, durante cerca de quatro horas. Ele vai até uma clínica de diálise, realiza o procedimento e em seguida, já volta para casa”, afirmou.

Quando é recomendada

A hemodiálise é recomendada quando o rim está com um funcionamento das suas atividades menor que 10%. O nefrologista explica que cada pessoa possui uma grande reserva renal, e isso, vai indicar a necessidade de realizar hemodiálise ou não, ao longo do tempo.

A pessoa pode ter um rim funcionando com suas atividades entre 40%, 50%, fazer um tratamento, e futuramente, não ter a necessidade de realizar a diálise. "E se não for possível parar ou reverter a progressão da falência renal com medicamentos e mudanças na dieta e ela chegar a menos que 10%, então é indicada a hemodiálise, para que assim, se possa manter o equilíbrio das substâncias essenciais para o organismo", diz o médico.

Gobbi alerta que podem ocorrer complicações durante o tratamento. O paciente que faz hemodiálise pode ter complicação aguda, porque não é um procedimento fisiológico do organismo, a máquina tem que realizar o trabalho que o rim faz em 24 horas, no período de 4 horas, tempo que dura a diálise.

Sergio Gobbi, nefrologista
O nefrologista Sergio Gobbi explica o procedimento. (Divulgação)
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O sangue é filtrado e limpo de uma maneira muito mais rápida. E isso pode ocasionar alguns desequilíbrios para o paciente, como tonturas, diminuição ou aumento de pressão, enjoos, entre outros

Sergio Gobbi
Nefrologista
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“Atualmente, com toda a tecnologia que temos, é tudo bem mais controlado. Porém, podem ocorrer, ainda, complicações crônicas. Os pacientes têm que se cuidar muito bem porque tem uma série de limitações e se não se tratarem direito, podem envelhecer de uma maneira muito mais rápida do que a fisiológica”, finaliza o médico.

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