A febre amarela é uma doença infecciosa, viral, transmitida pela picada de mosquitos infectados e categorizada por dois ciclos: no ciclo urbano, o vetor é o Aedes aegypti, enquanto no ciclo silvestre, mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus após picarem macacos infectados. Nesses casos, humanos não vacinados tornam-se hospedeiros acidentais ao entrarem em áreas de matas.
Os sintomas mais comuns são febre súbita, dores musculares, náuseas e dor de cabeça, mas podem evoluir para quadros graves, como insuficiência hepática, hemorragias e até falência de múltiplos órgãos. Não há um tratamento específico para a febre amarela, apenas o manejo dos sintomas e cuidados intensivos em casos mais sérios.
Febre de início súbito;
Calafrios;
Dor de cabeça intensa;
Dor nas costas;
Dor no corpo;
Náuseas e vômitos;
Fraqueza.
“A prevenção é crucial, e a vacinação é a medida mais eficiente. Para quem não pode se vacinar, como imunossuprimidos e gestantes, é indispensável o uso de repelentes, roupas de manga longa e mosquiteiros”, explica o infectologista Thiago Morbi, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Desde 2018, a vacina contra a febre amarela está disponível gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Brasil. A vacina deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco, e é indicada a partir dos 9 meses de idade, sendo que pessoas com mais de 60 anos devem ser avaliadas previamente pelo médico especialista. “O imunizante oferece de 95% a 99% de proteção e é suficiente com apenas uma dose para garantir imunidade ao longo da vida”, conta o infectologista.
O médico conta que pessoas não imunizadas devem procurar a vacinação o quanto antes, especialmente em épocas de maior transmissão e em áreas de risco
Além de garantir a imunização, a população pode adotar medidas simples para reduzir os criadouros de mosquitos, como eliminar recipientes com água parada e usar telas de proteção em janelas. "A conscientização da comunidade é essencial para reduzir a proliferação de mosquitos e proteger a saúde coletiva contra a febre amarela e outras doenças transmitidas por vetores, como dengue e Zika vírus”.
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