Ganho de massa muscular, melhora da densidade óssea e auxílio no controle do peso são alguns dos benefícios da musculação. Mas, a quantidade de alunos que frequentam as academias e compartilham os mesmos equipamentos acabam levantando dúvidas em relação à saúde: afinal, é possível adquirir infecções na academia?
Segundo a infectologista Ana Carolina D’Ettorres, da Unimed Vitória, a resposta é sim. No entanto, os processos infecciosos não ocorrem de forma tão frequente e podem ser bastante evitados com medidas simples de higienização.
“Toda superfície em que ocorre o contato de pessoas em grande frequência é contaminado por diversos tipos de micro-organismos. Isso vale não só para academias, mas também para elevadores, ônibus, portas e muitos outros. É pouco comum que uma superfície contaminada em ambientes públicos seja uma forma sustentada de transmissão de micro-organismos patogênicos, ou seja, aqueles que conseguem provocar doença nas pessoas”, explica a médica.
Para que uma possível transmissão de doenças ocorra por meio dos aparelhos é necessário que uma pessoa infectada, apresentando lesão de pele, como pelo vírus do herpes, coloque a lesão em contato direto com a superfície e que a próxima pessoa que vá usar o aparelho entre em contato direto com a secreção, estando com a pele lesionada, rompida. Segundo Ana Carolina, é pouco provável que essa sequência de eventos ocorra no cotidiano.
Por outro lado, a especialista aponta que é possível contrair doenças se não houver cuidado com a higienização das mãos. “É possível a transmissão de doenças nas situações em que as pessoas colocam as mãos sobre uma superfície contaminada e as levam aos olhos ou à boca. Um exemplo de infecção contraída desta forma é a conjuntivite viral”.
A especialista também pontua que o suor não é capaz de transmitir doenças. Isso não significa que ele não possa conter micro-organismos, como bactérias, que são comuns da pele. No entanto, elas não causam doenças.
A melhor forma de evitar a transmissão de doenças no ambiente da academia é a higienização das mãos. “É muito importante reforçar a atenção durante os treinos para evitar que as mãos sujas vão até boca e olhos. Usar álcool e lavar as mãos após os treinos é fundamental”, destaca.
Já a limpeza dos aparelhos evita que germes transmitidos pelo contato se disseminem. Por isso, é preciso que as academias mantenham uma rotina de limpeza regular, com produtos apropriados.
Evitar frequentar ambientes como academias quando estiver doente também é uma forma de evitar a disseminação de vírus e bactérias, evitando que outras pessoas sejam infectadas.
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