A carnavalesca Rosa Magalhães, 77 anos, morreu no Rio de Janeiro, na madrugada desta sexta-feira (26), vítima de infarto fulminante. Figura histórica, ela é a maior campeã do Carnaval carioca, com sete títulos pelas escolas de samba Imperatriz Leopoldinense, Unidos de Vila Isabel e Império Serrano. Ela trabalhou até o Carnaval de 2023, quando atuou pela Paraíso do Tuiuti como carnavalesca.
A carnavalesca também foi professora, figurinista, cenógrafa e artista plástica, tendo trabalhado em novelas e séries. Ela lecionou na Escola de Belas Artes da UFRJ e da Faculdade de Arquitetura Benett.
O infarto é a morte das células de uma determinada área do coração devido a uma interrupção total ou parcial da circulação de sangue nas artérias que irrigam o músculo cardíaco.
"O infarto fulminante é quando essa obstrução ocorre de forma abrupta, acometendo a irrigação sanguínea de uma área importante do músculo cardíaco a ponto de interromper o correto bombeamento de sangue para o organismo ou até mesmo gerar uma arritmia fatal, sem possibilidade de tratamento imediato, levando ao óbito", explica a cardiologista Daniella Motta da Costa Dan, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Os sinais de que a pessoa está tendo um infarto fulminante são dores ou desconforto na região anterior do tórax de forte intensidade após um esforço físico ou estresse emocional, que pode se apresentar como uma sensação de queimação, aperto, pressão ou peso no peito. A dor pode irradiar para as costas, o queixo e o pescoço.
"Esse desconforto pode estar associado a outros sinais como falta de ar, suor excessivo, náuseas, vômitos ou queda de pressão arterial. Mas, vale ressaltar que alguns pacientes apresentam sintomas não tão específicos, como, por exemplo, queimação na região do estômago".
A médica diz que o mais importante é entender que a dor no peito não é algo comum e precisa ser investigado. "Deve-se procurar o pronto-atendimento o mais rápido, pois quanto mais precocemente diagnosticado o infarto, maiores são as chances de tratamento e de sobrevida", ressalta Daniella Motta da Costa Dan.
Entre os fatores de risco para infarto agudo do miocárdio estão o colesterol elevado, o tabagismo, o diabetes, a obesidade, a hipertensão arterial, a história familiar de infarto em pessoas jovens e o uso excessivo de anabolizantes. "Como prevenção é recomendado o acompanhamento médico regular para controle das condições citadas. Ter hábitos saudáveis como cessar o tabagismo, evitar uso indiscriminado de anabolizantes, optar por uma dieta saudável e pela atividade física regular", diz.
O tratamento envolve uso de medicações e realização de procedimentos cirúrgicos de urgência, como colocação de stent ou cirurgia de revascularização do coração.
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