A cantora Preta Gil dividiu com os seguidores mais um procedimento como parte do seu tratamento contra o câncer. A cantora de 50 anos contou que estava indo para o hospital realizar o quinto ciclo após a retomada do tratamento. Em seguida, ela mostrou detalhes de uma sessão de laserterapia.
"Laserterapia previne a mucosite, que são feridas que dão na boca por causa da quimioterapia. Fazemos ela preventiva para não surgir e, quando surge, também fazemos laser para sumi", completou a artista. “Perfeita explicação”, confirmou o médico sobre os esclarecimentos de Preta.
A dentista oncológica Beatriz Coutens explica que a laserterapia de baixa potência é um procedimento que tem o intuito de acelerar os processos metabólicos das células, como a reparação e a hidratação da mucosa da boca. "Como, no tratamento oncológico já é sabido que vai haver uma lesão a essas estruturas, a melhor forma de atuar com a laserterapia é a preventiva".
O principal objetivo da laserterapia é acelerar a reparação dessas mucosas. "Um dos efeitos colaterais mais importantes da quimioterapia se chama mucosite. É uma inflamação da mucosa bucal que pode causar um impacto bastante importante, aumentando a vermelhidão, a sensibilidade e a probabilidade de surgimento de feridas. A laserterapia entra de forma preventiva para acelerar essa reparação e evitar o aparecimento dessas lesões".
A oncologista Virgínia Altoé Sessa diz que o objetivo do tratamento é reparar as células da mucosa oral que estão sofrendo devido à quimioterapia, que combate as células doentes e boas, e pode ocasionar uma inflamação na mucosa da boca. "É preciso tomar alguns cuidados, como não pode fazer o laser em cima da lesão do câncer (em caso de neoplasias na cavidade oral, por exemplo), e também tratar outros diagnósticos, como herpes, fungos e outras patologias que o laser não trata sozinho".
Em agosto a artista explicou sobre a remissão da doença e o diagnóstico atual. “Remissão é um período de cinco anos onde o câncer pode voltar. Não só no meu caso como no de 40% das pessoas que têm um câncer primário, e foi o que aconteceu comigo. O meu câncer voltou em quatro lugares diferentes: eu tenho dois linfonodos, eu tenho uma metástase que fica no peritônio e um nódulo no ureter".
O peritônio é uma membrana vital que reveste a cavidade abdominal e os órgãos abdominais. Ele desempenha um papel fundamental na proteção, sustentação e no funcionamento adequado destes órgãos. A oncologista clínica Luana Tamara explica que ele é composto por duas camadas: uma reveste os órgãos, chamado peritônio visceral, e a outra reveste a parede abdominal na sua face interna, que corresponde ao peritônio parietal.
"Entre estas membranas localiza-se a cavidade peritoneal, preenchida por uma pequena quantidade de líquido que permite o deslizamento dos órgãos abdominais. Quando há carcinomatose peritoneal, este líquido por aumentar de volume, gerando o que chamamos de ascite", diz a médica.
Os principais sintomas relacionados são dor abdominal, inchaço abdominal, perda de apetite, perda de peso sem motivo aparente, náuseas, vômitos, fadiga e alterações nos hábitos intestinais, com intensidade variável conforme o avançar da doença.
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