Conhecida como câncer no sangue, a leucemia tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células normais. No mês de fevereiro, uma campanha nacional busca alertar a população sobre a doença, promovendo a conscientização sobre prevenção e diagnóstico precoce.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que o Brasil enfrentará cerca de 11.540 novos casos de leucemia a cada ano, no período de 2023 a 2025. Esse número representa um risco estimado de 5,33 casos por 100 mil habitantes, com incidência um pouco mais elevada em homens, atingindo 6.250, e 5.290 em mulheres. Recentemente a influenciadora Fabiana Justus revelou que enfrenta a doença. No Espírito Santo, apenas em 2023, foram estimados 210 novos casos da doença.
“Essa condição é decorrente de uma mutação genética nas células sanguíneas imaturas, conhecidas como blastos, que se transformam em células cancerosas, multiplicando-se de forma desregulada”, explica a hematologista Juliana Velloso, da Oncoclínicas Espírito Santo.
A medula óssea, responsável pela produção de células sanguíneas essenciais como hemácias, leucócitos e plaquetas, é fundamental para o funcionamento adequado do sistema sanguíneo. “Na leucemia, a produção dessas células saudáveis é drasticamente reduzida, levando a sintomas como fraqueza, cansaço, sonolência, sangramentos, manchas roxas pelo corpo e infecções”, afirma a médica.
Existem mais de 12 tipos de leucemia, sendo os quatro principais: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (LLC). As mais comuns estão agrupadas em LMA e LLA.
“Independente do tipo, essas são doenças muito graves, por isso a importância de serem diagnosticadas logo no início, para que o paciente receba o tratamento adequado e as chances de cura sejam maiores”, afirma o hematologista Douglas Covre Stocco, da Unimed Vitória.
Para que a doença seja identificada o mais cedo possível é preciso ficar atento a alguns sintomas como sangramentos nas gengivas, no nariz, nas fezes e na urina, além de manchas roxas pelo corpo. “O paciente também deve observar infecções recorrentes, febre de repetição, fraqueza, cansaço excessivo, por exemplo. Esses sintomas, em conjunto, podem indicar que o paciente tem alguma alteração que sugira leucemia aguda”, descreve o médico.
Outros sintomas são:
Os tratamentos mais comuns e conhecidos são: quimioterapia, terapia-alvo, imunoterapia e transplante de medula óssea. “De uma forma geral, o principal objetivo do tratamento é destruir as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir células normais. A forma que isso será feito varia conforme o quadro apresentado”, explica Douglas Covre Stocco.
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