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Leucemia linfocítica crônica: saiba sintomas do câncer de Susana Vieira

Leucemia linfocítica crônica: saiba sintomas do câncer de Susana Vieira

Frequentemente diagnosticada em exames de rotina antes que os sintomas se manifestem, essa doença apresenta desafios tanto no diagnóstico quanto no tratamento

Publicado em 22 de maio de 2024 às 14:15

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A atriz Susana Vieira
A atriz Susana Vieira  contou que tem Leucemia Linfocítica Crônica. (Globo/João Cotta)

A atriz Susana Vieira, 81 anos, revelou no domingo, em entrevista ao Fantástico, que tem uma doença incurável, mas que “está em paz”. A artista contou que tem Leucemia Linfocítica Crônica (LLC).

“Não tem cura e não adianta fazer transplante de medula. E eu tenho outra doença de sangue, que chama anemia hemolítica autoimune. É óbvio que com a medida que você vai ficando com mais idade, você fica preocupada. Então essa doença, parece que foi Deus, me deixou em paz. Eu estou em paz. Estão em remissão”, explicou.

Susana contou que as doenças estão em remissão e citou seus cuidados com a saúde. "A disciplina de fazer os exercícios, que eles mandam. E eu como tudo, arroz, feijão, muita farinha. Como de tudo, pão, manteiga, tudo."

Entenda a doença

A leucemia linfocítica crônica (LLC) é um tipo de câncer que afeta o sangue e a medula óssea, caracterizado pelo aumento lento e progressivo de linfócitos maduros, um tipo de glóbulo branco. Frequentemente diagnosticada em exames de rotina antes que os sintomas se manifestem, essa doença apresenta desafios tanto no diagnóstico quanto no tratamento.

Os principais sintomas da LLC incluem fadiga persistente, fraqueza, perda de peso não intencional, febres recorrentes e suores noturnos. Além disso, pode haver inchaço dos linfonodos no pescoço, axilas ou virilha, bem como aumento do baço e do fígado, causando dor ou desconforto abdominal.

Segundo Marcos Daniel de Deus Santos, hematologista da Oncoclínicas ES, a causa exata da LLC ainda não é totalmente compreendida. “Sabe-se que a doença resulta de mutações genéticas nas células linfóides maduras, levando à inibição do processo natural de morte celular programa (apoptose), resultando no acúmulo destas células no sangue e nos linfonodos. No entanto, o que desencadeia essa mutação permanece um mistério, embora fatores genéticos e ambientais sejam suspeitos”, afirma o médico.

Os fatores de risco mais significativos incluem a idade avançada, com a maioria dos casos ocorrendo em pessoas acima dos 60 anos. A predisposição genética também é relevante, sendo mais comum em pessoas com histórico familiar de LLC ou outros tipos de câncer hematológico. Além disso, a exposição a certos produtos químicos, como herbicidas e pesticidas, pode aumentar o risco de desenvolver a doença.

A doença tem cura?

Apesar dos avanços no tratamento, a LLC ainda é considerada incurável na maioria dos casos. No entanto, muitos pacientes conseguem viver por anos com a doença, mantendo uma boa qualidade de vida graças aos tratamentos que controlam os sintomas e retardam a progressão.

"Embora ainda não tenhamos uma cura definitiva para a LLC, o acompanhamento constante e o tratamento adequado podem transformar a doença em uma condição crônica controlável, permitindo aos pacientes viverem por muitos anos com uma boa qualidade de vida", afirma o hematologista.

O tratamento depende do estágio da doença e da condição do paciente. Em estágios iniciais, pode ser adotada a "observação vigilante", sem tratamento imediato. Nos casos mais avançados ou sintomáticos, são utilizadas imunoterapia e terapias-alvo que atacam células cancerosas específicas. "Os avanços em imunoterapia e terapias-alvo têm proporcionado novas esperanças para os pacientes com LLC, permitindo tratamentos mais personalizados e eficazes, que melhoram os resultados a longo prazo", diz Marcos Daniel. 

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