Uma entrevista da modelo Isabella Fiorentino viralizou nesta semana. Nela, a apresentadora conta que não trata o melasma. "O segredo para tratar melasma é não tratar. Quando você trata o melasma, você vai agredindo tanto a sua pele, que ela faz um rebote e a melanina grita".
A modelo continuou dizendo que o laser agride a pele. "Parei de fazer laser, ácido e peeling. Quem cuida de mim disse para não fazer mais nenhum tratamento abrasivo e começar a tomar sol sem protetor. Minha pele começou a ficar mais resistente e ter mais vitalidade. Para não usar filtro, você não pode fazer nada em dermatologista", disse. A fala da apresentadora repercutiu nas redes sociais.
O melasma é uma condição presente em todas as etnias. As manchas são mais comuns no rosto, mas podem surgir em qualquer área exposta cronicamente ao sol, como colo e braços.
As causas do problema são diversas e inclui presença de hormônios femininos e exposição ao sol. "Além da radiação solar, o melasma é causado pela combinação de fatores como predisposição genética, uso de hormônios (principalmente anticoncepcionais), luz artificial, e procedimentos estéticos mal feitos que agridem exageradamente a pele, resultando em efeito rebote que ocasiona a piora rápida das manchas", explica a dermatologista Isabella Redighieri.
O melasma é considerado uma doença crônica e não tem cura. Por isso, usar o protetor solar diariamente e evitar a exposição ao sol são medidas cruciais para quem lida com essa condição.
A médica reforça que tomar sol sem proteção pode desencadear diversos tipos de doenças, inclusive o câncer de pele. "Não é recomendado pegar sol sem a utilização do filtro solar", diz a médica. Quando a pessoa se expor ao sol, as orientações são o uso do filtro solar, evitar a exposição nos horários de pico do sol (entre as 10 horas e 15 horas), reaplicar o protetor após suar, mergulhar na praia ou piscina, além de usar acessórios de proteção como chapéu e roupas de proteção.
Existem tratamentos para clarear as manchas e evitar o efeito rebote, ou seja, que volte e de forma mais intensa que antes do início do tratamento. A médica explica que os tratamentos do melasma mudaram muito nos últimos anos, após muita ciência e estudo. "Hoje, as abordagens são mais brandas, visando não irritar nem inflamar muito a pele. Para isso, foram desenvolvidas tecnologias avançadas que quebram os pigmentos em várias camadas da pele, de forma tão precisa e rápida, que não aquecem nem inflamam a superfície, evitando assim o famoso 'efeito rebote"".
Ela conta que o laser italiano Chrome veio para revolucionar o tratamento das manchas, com a possibilidade de entregar um clareamento uniforme da pele, e também melhorar vários aspectos do rejuvenescimento cutâneo. "Associado às tecnologias, temos utilizado os Exossomos e o PDRN (derivado do DNA de salmão) que são derivados de células-tronco, e são tratamentos muito promissores na dermatologia", diz Isabella Redighieri.
Ainda assim, sempre é indicado o uso do filtro solar, associado aos ativos clareadores e ácidos leves para o skincare em casa. "O segredo para o sucesso do tratamento do melasma é a disciplina e paciência. Como é uma doença crônica e cíclica, a abordagem será contínua", finaliza a médica.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta