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Publicado em 20 de janeiro de 2025 às 10:09
A carnavalesca Márcia Lage, de 64 anos, morreu na manhã deste domingo (19), vítima de leucemia. A Mocidade Independente de Padre Miguel postou em suas redes sociais um comunicado lamentando a morte da carnavalesca. Ao lado do marido Renato Lage, a carnavalesca havia retornado para a agremiação para assinar o desfile de 2025.
"Márcia colocou o seu talento a serviço da Mocidade por diversos carnavais. Novamente, em trabalho conjunto com Renato Lage, ela assina o carnaval de 2025. Comunicamos o luto e a suspensão das nossas atividades sociais por tempo indeterminado, incluindo o ensaio de rua de hoje", informou a escola.
Márcia Lage, ao lado do marido, foi um dos grandes nomes do carnaval do Rio de Janeiro nas últimas décadas. A dupla fez sucesso na Mocidade, onde o marido assinou os desfiles campeões em 1990, 1991 e 1996.
Conhecida como câncer no sangue, a leucemia tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células normais. “Essa condição é decorrente de uma mutação genética nas células sanguíneas imaturas, conhecidas como blastos, que se transformam em células cancerosas, multiplicando-se de forma desregulada”, explica a hematologista Juliana Velloso.
A medula óssea, responsável pela produção de células sanguíneas essenciais como hemácias, leucócitos e plaquetas, é fundamental para o funcionamento adequado do sistema sanguíneo.
Juliana Velloso
HematologistaOutros sintomas
Gânglios linfáticos inchados indolores (a famosa íngua), principalmente na região do pescoço e das axilas;
Perda de peso sem motivo aparente;
Dores nos ossos e nas articulações.
É um dos tipos de câncer mais comuns no Brasil. Sem considerar os tumores de pele não-melanoma, ele ocupa a décima posição entre os mais frequentes, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Além disso, o Instituto prevê 11.540 novos casos de leucemia por ano até 2025.
Existem mais de 12 tipos de leucemia, sendo os quatro principais: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (LLC). As mais comuns estão agrupadas em LMA e LLA. “Independente do tipo, essas são doenças muito graves, por isso a importância de serem diagnosticadas logo no início, para que o paciente receba o tratamento adequado e as chances de cura sejam maiores”, afirma o hematologista Douglas Covre Stocco.
Para que a doença seja identificada o mais cedo possível é preciso ficar atento a alguns sintomas como sangramentos nas gengivas, no nariz, nas fezes e na urina, além de manchas roxas pelo corpo.
“O paciente também deve observar infecções recorrentes, febre de repetição, fraqueza, cansaço excessivo, por exemplo. Esses sintomas, em conjunto, podem indicar que o paciente tem alguma alteração que sugira leucemia aguda”, descreve o médico.
Os tratamentos mais comuns e conhecidos são: quimioterapia, terapia-alvo, imunoterapia e transplante de medula óssea. “De uma forma geral, o principal objetivo do tratamento é destruir as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir células normais. A forma que isso será feito varia conforme o quadro apresentado”, explica Douglas Covre Stocco.
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