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O que é mal súbito? Entenda a causa da morte do médico capixaba no RS

O que é mal súbito? Entenda a causa da morte do médico capixaba no RS

Cardiologista Leandro Medice foi encontrado morto em um abrigo de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, na manhã desta segunda-feira (13)

Publicado em 14 de maio de 2024 às 15:07

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Leandro Medice, médico capixaba que morreu no Rio Grande do Sul
Leandro Medice  teria tido um mal súbito e morrido de infarto fulminante. (Acervo pessoal)

O cardiologista Leandro Medice foi encontrado morto em um abrigo de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, na manhã desta segunda-feira (13). Ele, que tinha 41 anos, teria tido um mal súbito e morrido de infarto fulminante, conforme informações divulgadas por familiares. O médico morava em Vila Velha e estava no Sul do país como voluntário para ajudar as vítimas da chuva. 

O mal súbito é um termo utilizado para descrever um evento médico agudo e inesperado. Ele pode ser desencadeado por diversos fatores, desde questões cardiovasculares e neurológicas até metabólicas. Dependendo da causa, se o atendimento não for muito rápido, a pessoa pode morrer. 

O capixaba teria tido um mal súbito e morrido de infarto fulminante. O infarto é a morte das células de uma determinada área do coração devido a uma interrupção total ou parcial da circulação de sangue nas artérias que irrigam o músculo cardíaco.

"O infarto fulminante é quando essa obstrução ocorre de forma abrupta, acometendo a irrigação sanguínea de uma área importante do músculo cardíaco a ponto de interromper o correto bombeamento de sangue para o organismo ou até mesmo gerar uma arritmia fatal, sem possibilidade de tratamento imediato, levando ao óbito", explica Daniella Motta da Costa Dan, cardiologista da Rede Meridional e da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Os sinais de que a pessoa está tendo um infarto fulminante são dores ou desconforto na região anterior do tórax de forte intensidade após um esforço físico ou estresse emocional, que pode se apresentar como uma sensação de queimação, aperto, pressão ou peso no peito. A dor pode irradiar para as costas, o queixo e o pescoço. "Esse desconforto pode estar associado a outros sinais como falta de ar, suor excessivo, náuseas, vômitos ou queda de pressão arterial. Mas, vale ressaltar que alguns pacientes apresentam sintomas não tão específicos, como, por exemplo, queimação na região do estômago", conta Daniella Motta da Costa Dan.

Daniella Motta da Costa Dan
A cardiologista Daniella Motta da Costa Dan explica sobre a prevenção do infarto. (Divulgação)
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O mais importante é entender que a dor no peito não é algo comum e precisa ser investigado. Deve-se procurar o pronto-atendimento o mais rápido, pois quanto mais precocemente diagnosticado o infarto, maiores são as chances de tratamento e de sobrevida

Daniella Motta da Costa Dan
Cardiologista
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Quem tem mais risco?

Entre os fatores de risco para infarto agudo do miocárdio estão o colesterol elevado, o tabagismo, o diabetes, a obesidade, a hipertensão arterial, a história familiar de infarto em pessoas jovens e o uso excessivo de anabolizantes. "Como prevenção é recomendado o acompanhamento médico regular para controle das condições citadas. Ter hábitos saudáveis como cessar o tabagismo, evitar uso indiscriminado de anabolizantes, optar por uma dieta saudável e pela atividade física regular", diz. 

O tratamento envolve uso de medicações e realização de procedimentos cirúrgicos de urgência, como colocação de stent ou cirurgia de revascularização do coração.

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