A esgrimista brasileira Nathalie Moellhausen participou dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e relatou o diagnóstico de um tumor benigno na região do cóccix.
A atleta passou por uma crise de lombalgia na semana passada e chegou a ser hospitalizada. Segundo o Comitê Olímpico do Brasil (COB), na ocasião, foi identificado um tumor, aparentemente benigno, na coluna da atleta. Após ter sido eliminada na Olimpíada, ela passará por uma cirurgia para retirar o tumor benigno.
Segundo o oncologista Fernando Zamprogno, da Rede Meridional, o tumor benigno, em geral, não se espalha pelo corpo e, comumente, não ameaça a vida do indivíduo, apesar de, em certos casos, causar dores intensas. Em contraposição aos tumores malignos, conhecidos como câncer, que além das dores, podem ser letais.
“Então, não existe câncer benigno. Todo câncer é um tumor maligno que tem a capacidade de invadir outros órgãos e se espalhar pelo corpo, ameaçando a vida do paciente”, explicou o médico.
O cóccix é um osso pequeno, situado na extremidade do sacro. O sacro é o final da coluna vertebral, localizado na região do bumbum. É uma zona cheia de saídas de nervos para os membros inferiores e para a área pélvica.
O especialista esclarece que, geralmente, os tumores benignos nessa região são chamados de condromas. Por ser uma zona óssea é mais comum que as pessoas tenham tumores de natureza condral, que são células de cartilagem, precursoras de células ósseas.
“Lembrando que nascemos com os ossos bem moles, porém, ao longo do desenvolvimento da vida intranatal e pós-natal, eles vão se calcificando. Então, se forma uma matriz de colágeno, de células de cartilagem e em algumas circunstâncias, que ainda não sabemos todas as causas, pode acontecer o surgimento de um tumor nesta matriz de cartilagem, chamado encondroma”, revelou.
Zamprogno afirma que a cirurgia é o único método realmente eficaz de eliminação desse tipo de tumor. E que ela vai ser indicada pela clínica do indivíduo. Se esse indivíduo tem mais dores, de difícil controle, a realização da cirurgia passa a ser necessária.
As possíveis complicações da cirurgia têm muito a ver com o crescimento do tumor no local, do tamanho dele. “Às vezes ele está tão grande que compromete as raízes nervosas e a cirurgia pode deixar alguma lesão de nervo dessa região. Outras vezes, não. Por uma situação peculiar, o indivíduo teve a dor ou algum sintoma precoce, mas o tumor está pequeno. Então, tudo depende do tamanho do tumor, na região”, enfatizou o oncologista.
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