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O que é pé diabético? Veja causas, sintomas e prevenção para a condição

O que é pé diabético? Veja causas, sintomas e prevenção para a condição

o pé diabético é uma complicação da Diabetes mellitus e ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés, como uma bolha, frieira ou até mesmo um calo, evolui para uma ferida maior,

Publicado em 26 de junho de 2024 às 08:00

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pé diabético
É orientado  manter a glicemia controlada, higienizar e hidratar os pés diariamente. (Shutterstock)

A diabetes já é um grande problema por si só. Porém, a doença ainda pode evoluir para uma série de complicações, sendo o pé diabético uma das principais e mais graves consequências da condição. “Podendo afetar ambos os sexos de igual forma, o pé diabético é uma complicação da Diabetes mellitus e ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés, como uma bolha, frieira ou até mesmo um calo, evolui para uma ferida maior, que, se não tratada, pode agravar-se e levar a necessidade de amputação”, explica a cirurgiã vascular Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

Segundo a especialista, isso ocorre por que os altos níveis de glicemia no sangue, característica típica da diabetes sem controle, tornam a circulação sanguínea deficiente. Consequentemente, as células de defesa do sistema imunológico diminuem, a cicatrização e a regeneração de tecidos são mais difíceis e os nervos periféricos, responsáveis pela sensibilidade nos pés, sofrem danos.

Dessa forma, o organismo passa a não conseguir curar as feridas que surgem no local. “Os principais sintomas desta condição incluem perda da sensibilidade nos pés, sensação de formigamento frequente, queimação nos pés e tornozelos, dor e sensação de agulhadas, dormência e fraqueza nas pernas”, alerta a médica.

Porém, apesar da presença dos sintomas, a maior parte dos diabéticos só percebe a gravidade do problema quando surge uma ferida ou infecção que não passa. E este é um dos motivos que torna o pé diabético a segunda maior causa de amputações no país, ficando atrás apenas dos acidentes.

“Por isso, se você possui diagnóstico confirmado de diabetes, ao notar a presença de qualquer um dos sintomas citados acima, o mais importante é que você procure um médico para iniciar o tratamento, feito conforme o tipo de lesão no pé e a sua gravidade. Fazem parte do tratamento medidas como a ingestão de antibióticos, o uso de pomadas antimicrobianas no local afetado, a troca diária dos curativos da ferida e o controle do diabetes através de alterações da dieta e do uso de medicamentos e insulina”, destaca a médica. “Em casos mais graves, pode ser necessária a realização de cirurgia para retirar a região afetada e favorecer a cicatrização.”

A prevenção de possíveis complicações também é um fator essencial no controle e tratamento da doença e pode ser feita através de cuidados e hábitos inseridos na rotina de quem sofre com diabetes. É fundamental a inspeção diária dos pés à procura de pequenas feridas, bolhas, áreas avermelhadas, alterações nas unhas, calos e mudanças na forma e na coloração dos pés.

Além disso, é importante utilizar apenas sapatos macios, leves e moldados na forma dos pés e evitar andar descalço ou com sandálias e chinelos. “Outros cuidados incluem manter a glicemia controlada, higienizar e hidratar os pés diariamente, cortar as unhas duas vezes por mês, não retirar calos e realizar movimentos circulares com os pés a cada 15 minutos para manter uma boa circulação sanguínea nos membros inferiores”, afirma Aline Lamaita. 

O principal cuidado é comparecer ao médico e fazer exames para os pés a cada seis meses, no mínimo. "Apenas um profissional especializado poderá realizar uma avaliação e dar o diagnóstico correto, encaminhando o paciente para o tratamento mais indicado", finaliza.

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