A perimenopausa é uma fase natural, porém ainda pouco compreendida, que marca o início do fim da fase reprodutiva da mulher. Ela antecede a menopausa - definida pela ausência de menstruação por 12 meses consecutivos - e pode se estender por vários anos. O processo costuma começar entre os 40 e 55 anos, mas pode ter início mais cedo, dependendo de fatores genéticos, estilo de vida e condições de saúde.
Durante a perimenopausa, os hormônios femininos, principalmente o estrogênio e o progesterona, começam a oscilar de forma irregular. Essas variações hormonais impactam diretamente o funcionamento do organismo, provocando uma série de sintomas físicos e emocionais.
“O principal órgão envolvido são os ovários. Como deixam de liberar os óvulos, eles também alteram a produção dos hormônios estrogênio e progesterona”, diz o ginecologista Carlos Campagnaro, ginecologista e professor do Unesc.
Entre os primeiros sinais da perimenopausa está a irregularidade menstrual. “Os ciclos, que antes eram previsíveis, passam a apresentar intervalos irregulares, fluxo alterado e, em alguns casos, ausência de menstruação por meses. As alterações hormonais também afetam o metabolismo e o sistema nervoso central", explica a ginecologista Sandra Helena Pereira, do Hospital São José.
É comum que mulheres nessa fase relatem ganho de peso, cansaço persistente, dificuldades de concentração, ressecamento vaginal e redução da libido, além de dores durante a relação sexual também estão entre as manifestações frequentes.
A perimenopausa, também chamada de climatério, varia de mulher para mulher de acordo com a determinação genética. "A menstruação acaba quando se esgotam os folículos que significam a fertilidade da mulher”, conta a ginecologista Sandra Helena Pereira.
Apesar de ser uma fase desafiadora, é possível lidar com a perimenopausa de forma mais leve e saudável. O ginecologista pode indicar exames, acompanhar os sintomas e, se necessário, sugerir tratamentos como a terapia hormonal, que alivia significativamente os efeitos da oscilação hormonal.
Adotar um estilo de vida equilibrado é outro ponto fundamental. Alimentação rica em vegetais, frutas, fibras e alimentos com cálcio ajuda a compensar a perda de massa óssea. A prática regular de exercícios físicos contribui para o controle do peso, melhora o humor e favorece o sono.
Técnicas de relaxamento, como meditação, ioga ou respiração consciente, também são aliadas importantes para lidar com o estresse e manter o equilíbrio emocional. "Além disso, cuidados com a pele e a hidratação ganham importância nesse período, devido à maior tendência ao ressecamento”, diz Carlos Campagnaro.
Entretanto, para aquelas que não têm contraindicações, repor o hormônio que parou de ser produzido pelo ovário pode trazer um grande conforto para atravessar essa fase. "Além da reposição hormonal, a suplementação de nutrientes, exercícios físicos regulares e estilo de vida saudável são recomendados para manter a saúde”, diz Sandra Helena Pereira.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta