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Pressão 12 por 8 já é considerada elevada! O que muda na prática?

Pressão 12 por 8 já é considerada elevada! O que muda na prática?

Novas diretrizes europeias reforçam a necessidade de prevenção e acompanhamento regular

Publicado em 11 de dezembro de 2024 às 20:35

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pressão
No Brasil, estima-se que mais de 30% da população adulta sofra com pressão alta. (Shutterstock)

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a hipertensão arterial é uma das principais causas de morte no mundo, afetando mais de um bilhão de pessoas. No Brasil, estima-se que mais de 30% da população adulta sofra com pressão alta, de acordo com dados do Ministério da Saúde, sendo responsável por 50% dos casos de doenças cardiovasculares.

Recentemente, novas diretrizes europeias classificaram a pressão arterial de 12 por 8 como elevada, o que reforça a necessidade de prevenção e acompanhamento regular. Para a cardiologista Graciella Ganam, médica da Unimed Goiânia, essa revisão reflete novas evidências científicas que identificam riscos cardiovasculares mesmo em níveis antes considerados saudáveis.

“A revisão foi motivada por uma meta-análise que avaliou diversos estudos internacionais. Os dados mostraram que indivíduos com pressão entre 120/70 mmHg e 139/89 mmHg já apresentam maior risco de eventos cardiovasculares, como Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto. Essa mudança amplia a ‘zona intermediária’, antes chamada de pré-hipertensão, agora classificada como pressão elevada, por essa diretriz”, explica.

A especialista ressalta que, embora os critérios para hipertensão não tenham mudado, a ampliação da faixa intermediária tem o intuito de identificar pacientes que necessitam de cuidados preventivos precoces. “O objetivo é alertar aqueles que estão na zona de risco para que adotem mudanças no estilo de vida antes que desenvolvam hipertensão”, orienta.

Novos valores e critérios europeus:

  • Pressão ideal: abaixo de 120/70 mmHg
  • Pressão elevada: entre 120/70 mmHg e 139/89 mmHg
  • Hipertensão: a partir de 140/90 mmHg

De acordo com a médica, mesmo pressões levemente elevadas podem trazer complicações sérias. “A pressão 12 por 8, que muitos consideram normal, pode aumentar os riscos de doenças renais, cardíacas e AVCs. Essa nova classificação reforça a necessidade de monitorar mais de perto esses pacientes, especialmente aqueles com fatores de risco adicionais, como diabetes, doença renal crônica ou histórico familiar de doenças cardiovasculares”, alerta.

A cardiologista Graciella Ganam ainda ressalta que a população deve encarar essa atualização de forma consciente e proativa. "Essa mudança não deve causar pânico, mas sim servir como um incentivo à adoção de hábitos saudáveis. Cada caso deve ser avaliado individualmente, considerando o histórico de saúde do paciente", diz.

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Prevenção e acompanhamento médico contínuo são fundamentais para evitar a progressão para a hipertensão

Graciella Ganam
Cardiologista cooperada da Unimed Goiânia
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Dados mostraram que indivíduos com pressão entre 120/70 mmHg e 139/89 mmHg já apresentam maior risco de eventos cardiovasculares. (Shutterstock)

Prevenção é a palavra chave

Para a cardiologista da Unimed Vitória Tatiane Emerich, a alteração na classificação da pressão 12 x 8 pode - e deve - influenciar o diagnóstico e o tratamento precoce da hipertensão.  São os pacientes de alto risco que se beneficiarão de um controle mais intensivo da pressão arterial. "É exatamente essa a ideia, diagnóstico precoce com orientação de mudanças de estilo de vida e tratamento", destaca.

Segundo a médica, não é normal ter pressão elevada e a mudança de hábitos é essencial para prevenir casos graves. "Pressão alta é uma doença crônica muito prevalente que deve ser diagnosticada e tratada. Cerca de 30% da população brasileira é hipertensa então é bem prevalente", explica.

Um dos caminhos para a prevenção é o acompanhamento com profissionais adequados, com análise do risco cardiovascular e histórico familiar do paciente. Por se tratar de uma doença assintomática, a pressão alta só pode ser diagnosticada quando é medida. 

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O ideal é que todo adulto conheça a sua pressão arterial, que seja medida ao menos uma vez no ano

Tatiana Emerich
Cardiologista da Unimed Vitória
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Segundo a médica, não é normal ter pressão elevada e a mudança de hábitos é essencial para prevenir casos graves. "Pressão alta é uma doença crônica muito prevalente que deve ser diagnosticada e tratada. Cerca de 30% da população brasileira é hipertensa então é bem prevalente", explica.

Dicas essenciais para quem está na faixa de pressão elevada:

  • 01

    Menos sódio!

    O controle de sódio é essencial para a manutenção da pressão arterial. Evite o consumo de sal durante as refeições.

  • 02

    Invista no potássio

    O potássio é o amigo número um de quem busca reduzir a pressão arterial. Por isso, invista em uma dieta variada com alimentos ricos em potássio, como feijão, banana e tomate!

  • 03

    Pratique exercícios

    De acordo com a cardiologista Tatiane Emerich, o ideal são 150 minutos de exercício moderado aeróbico ou 75 minutos de exercício intenso por semana, com 2 ou 3 dias de exercício de força associado

  • 04

    Modere o consumo de álcool

    Álcool e pressão arterial não combinam! O consumo excessivo pode alterar a pressão

  • 05

    Fique atento ao peso

    O controle de peso é essencial para o tratamento da pressão alta

  • 06

    Evite fumar

    Assim como o álcool, fumar é um dos fatores de risco para o aumento da pressão alta

  • 07

    Boa noite, boa pressão

    Priorize uma noite de sono bem dormida, com mínimo de 7h de sono

  • 08

    Xô, estresse!

    Boas opções são técnicas de relaxamento, acompanhamento terapêutico e meditação

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