Tande, ex-jogador da seleção brasileira de vôlei, sofreu um infarto na última sexta-feira. “Passando aqui para falar do meu sumiço. Eu, nessa sexta-feira agora, acabei infartando. Acredita? 54 anos, atleta”, explicou.
Ele relatou ter tido entupimento de 98% em uma das veias. “Eu tive 98% de entupimento, de uma veia principal do coração e mais duas 78% e 73%". Tande também alertou os seguidores para ficarem atentos aos sinais. "Falta de ar, palpitação, subindo aqui na mandíbula e sentindo dor no ouvido. Cuidem-se sempre, tá? Papai do Céu me deu uma chance, tô voltando”, disse o ex-atleta.
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que anualmente sejam registrados até 400 mil casos de infarto no Brasil, que resultam em 1 óbito a cada 5 a 7 pacientes.
O infarto do miocárdio, também conhecido como ataque cardíaco, é uma condição médica séria. Nele ocorre a necrose das células do miocárdio devido à falta de oxigênio, resultante, na maioria das vezes, de uma obstrução coronariana. Ou seja, é a morte das células de uma região do músculo do coração por conta da redução do fluxo sanguíneo, ocasionada por entupimento das artérias cardíacas.
Os sintomas mais comuns do infarto são: dor no peito, que pode se irradiar para o braço, pescoço, mandíbula ou costas, além de dor em região epigástrica (próxima ao estômago), falta de ar, sudorese, náuseas, vômitos, palidez e sensação de peso sobre o tórax.
O cardiologista Lucas Frizzera, da Rede Meridional, alerta que os sintomas do infarto diferem muito entre os indivíduos. “Principalmente em mulheres e diabéticos, os sintomas podem ser diferentes e até mesmo, mais brandos. No caso do Tande, que relatou ter sentido dor de ouvido ao ter infarto, possivelmente ele descreveu uma dor torácica que irradiava para a mandíbula e pela proximidade, também no ouvido”, explicou.
O especialista aponta que a faixa etária com maior incidência de infarto do miocárdio está exatamente entre os 50 e 70 anos. “Porém, é preciso ficar atento, pois é possível ocorrer em pessoas mais jovens, especialmente se tiverem fatores de risco significativos”, pontuou.
Os principais fatores de risco são o tabagismo, o colesterol elevado, a hipertensão arterial, a obesidade, o estresse, o diabetes, o sedentarismo e a história familiar de doenças cardiovasculares. "A maior parte dos fatores de risco são modificáveis. É necessário combater e prevenir a evolução da doença que mais mata no mundo".
O cardiologista adverte que infarto é uma emergência que exige cuidados médicos o mais rápido possível. Identificar os sintomas pode ser decisivo para salvar a vida de uma pessoa infartada.
O médico alerta que é fundamental que pessoas de todas as faixas etárias estejam cientes dos fatores de risco e adotem medidas para prevenir o infarto do miocárdio, além de realizar acompanhamento médico rotineiro. "Manter uma dieta saudável, praticar exercícios regularmente, controlar o peso, não fumar, controlar a pressão arterial, o diabetes e o colesterol são medidas que certamente reduzirão a chance de um evento cardiovascular", finaliza.
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