Poucos sintomas acendem o alerta sobre a formação de um queloide: coceira, dor ou sensação de queimação ao redor da cicatriz são alguns deles. Geralmente, tudo acontece de maneira silenciosa e durante o período de cicatrização da pele após um corte realizado em cirurgias, furos na orelha ou marcas de vacinas.
“Normalmente, o queloide possui predisposição genética, mas há algumas exceções, como feridas mal suturadas, por exemplo, que apresentam maior probabilidade de evoluir para esse tipo de cicatriz. Vale ressaltar que essa é uma alteração benigna e, portanto, não apresenta nenhum tipo de risco à saúde. Entretanto, apesar da predisposição genética, somente é possível saber se o paciente terá ou não o queloide após a cicatriz já instaurada, já que não existe nenhum tipo de prevenção”, explica a cirurgiã plástica Ana Roxo.
Conforme o Ministério da Saúde (MS), chamamos de “queloide” o crescimento anormal do tecido cicatricial formado no local de um corte ou ferimento. Essa anormalidade se dá por conta do excesso de colágeno na pele durante esse processo e, apesar de pouco ser feita essa associação, ele também é uma cicatriz, diferenciando-se por ficar acima da ferida, ser elevada e espessa.
As áreas mais propensas a desenvolver esse excesso de tecido cicatricial são a região central do tórax e algumas áreas dos membros inferiores. Contudo, há casos de pessoas que desenvolveram o quadro em outros locais, como em orelhas. Da mesma forma, o queloide é mais frequente em indivíduos com maior pigmentação na pele, como negros ou asiáticos, e afeta tanto homens quanto mulheres, mas se mostra mais comum no sexo feminino.
A médica reforça que, apesar de não haver cura, existe tratamento com resultados consideráveis. “Existem alguns tratamentos que vêm sendo utilizados na medicina, como a corticoterapia dentro da cicatriz até a betaterapia, que é uma radioterapia de baixa frequência. O tratamento será decidido por meio da avaliação do paciente, mas, de qualquer forma, a causa não irá influenciar qual deles seguir”, finaliza.
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