Recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o DIU – Dispositivo Intrauterino – é um método contraceptivo de longa duração com índice de falha abaixo de 1%. No entanto, de acordo com especialistas, a eficácia do dispositivo depende do acompanhamento correto após a sua implantação, a fim de verificar se ele permanece no local e funcionando corretamente. Do contrário, o resultado pode ser desde gravidez indesejada até a necessidade de remoção por cirurgia.
Segundo a ginecologista e obstetra Anna Carolina Bimbato, da Unimed Vitória, o DIU é indicado para as pacientes que não desejam engravidar durante um longo período.
“Durante a inserção, ele deve ser posicionado no fundo do útero. Porém, em algumas situações, o útero acaba empurrando o DIU para baixo. Numa posição mais baixa, o DIU não confere a proteção necessária”, explica a médica.
Ainda segundo ela, a depender do lugar em que o DIU está, podem surgir diferentes problemas. “O primeiro é engravidar com o DIU no útero, o que pode elevar o risco de abortamento”, explica Anna Carolina Bimbato.
A especialista pontua a importância das consultas de rotina. O exame de ultrassonografia é capaz de avaliar se o DIU está ou não posicionado corretamente. “É importante dizer que o DIU é um método muito eficaz, porém exige manutenção depois da inserção. Realizando as consultas de rotina dificilmente ocorrerão problemas".
A ginecologista e obstetra Vitória Madalena Bandeira afirma que, após a inserção do DIU, as mulheres devem comunicar ao seu médico caso haja mudanças no padrão da menstruação e nos fluxos vaginais, já que o DIU pode aumentar a frequência de corrimentos vaginais.
Existem diferentes tipos de DIU: os hormonais (Kyleena e Mirena), o de prata, que têm duração de cinco anos, e o DIU de cobre, com duração de dez anos.
De acordo com Madalena, o DIU hormonal reduz o fluxo sanguíneo durante a menstruação. “Por isso, é indicado para pacientes que sofrem com cólica, que têm sangramento aumentado, até mesmo por mioma ou alguma outra condição específica, pois ele vai ter uma boa resposta”, esclarece.
Já o DIU de cobre e o de prata, que não possuem hormônios, costumam aumentar o fluxo menstrual. São indicados, por exemplo, para pacientes que já tiveram câncer de mama e, por isso, possuem contraindicação para uso de hormônios.
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