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Scheila Carvalho: saiba como é feita a retirada do ácido hialurônico do rosto

Scheila Carvalho: saiba como é feita a retirada do ácido hialurônico do rosto

Além das funções estruturais, o ácido hialurônico tem ação importante na hidratação da pele e regeneração dos tecidos

Publicado em 4 de setembro de 2024 às 18:46

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Scheila Carvalho
Scheila Carvalho  removeu o preenchimento com ácido hialurônico . (Reprodução @Scheilacarvalho)

A dançarina Scheila Carvalho, de 50 anos, revelou que decidiu remover o preenchimento com ácido hialurônico realizado anteriormente. 

Em um vídeo, compartilhado nas redes sociais, o médico que a acompanha detalhou as etapas do processo. “A gente vai começar a cuidar da Scheila de uma maneira invertida. A gente vai melhorar primeiro o volume do que tinha sido colocado. Vamos reduzir na região que está atrapalhando ela a sorrir e se expressar. A gente vai começar a trabalhar muito a estimulação de colágeno. Firmeza é mais importante do que volume”, contou o dermatologista Diego Corrêa.

No segundo dia de procedimento, a influenciadora celebrou os resultados iniciais. “Menos é mais. Olha só como o meu olhar abriu. Recuperar a naturalidade do meu olhar e do meu sorriso foi a melhor sensação”, garantiu Scheila.

O ácido hialurônico é um dos principais componentes da nossa pele. Além das funções estruturais, ele tem ação importante na hidratação da pele e regeneração dos tecidos. "O ácido hialurônico também é componente de preenchimentos usados para fins estéticos. Ele 'in natura' é fluido e tem pouca durabilidade, podendo se degradar em menos de um dia após injetado", explica a dermatologista Giane Giro. 

Por isso, os fabricantes de produtos para os tratamentos injetáveis costumam adicionar um reticulador que cria pontes entre as moléculas de ácido hialurônico, chamadas “crosslinking”, que trazem maior durabilidade e permitem produzir produtos com diferentes viscosidades.

A médica explica que o ácido hialurônico injetável pode ser usado para hidratação da pele, preenchimento de rugas, sulcos e dos lábios e também para a reposição do volume facial perdido no processo de envelhecimento, ou nos pacientes que perderam muito peso. "Existem produtos com diferentes graus de viscosidade. Os mais fluidos são usados para a hidratação da pele e preenchimento de áreas delicadas, como lábios e região dos olhos", diz Giane Giro. Os mais denso são aplicados profundamente, nos pontos de sustentação da face, para efeito lifting facial, definição do contorno da mandíbula ou projeção do queixo.

Existem técnicas de aplicação em quase toda a face, incluindo fronte, nariz, têmporas e área dos olhos. "Mas é importante considerar que existem algumas áreas de risco, com possibilidade de complicações em caso de injeção intravascular do ácido hialurônico", ressalta a médica.

Como é feita a retirada do ácido hialurônico do rosto?

Giane Giro conta que quando aplicado com a técnica correta, escolha adequada do produto de acordo com viscosidade, e plano de tratamento planejado, o tratamento com ácido hialurônico tem resultados bonitos e naturais, e não modificam a aparência. "Os resultados artificiais que vemos com frequência no convívio social e na mídia, são por excesso de quantidade ou planejamento inadequado do procedimento", diz. 

Conforme a técnica aplicada, o ácido hialurônico pode fazer a miomodulação, ou seja, controlar a força da contração muscular. "No entanto, quando aplicado com a técnica incorreta e em grandes volumes, ele pode interferir na ação da musculatura facial, alterar o sorriso e a expressão, resultando em uma aparência artificial". 

A dermatologista explica que a hialuronidase é uma enzima que decompõe o ácido hialurônico.

Giane Giro, dermatologista
A dermatologista Giane Giro explica sobre o uso de ácido hialurônico. (Divulgação)
Aspas de citação

Ela pode ser injetada para dissolver os preenchedores, para reverter resultado estético indesejado, tratar complicações associadas ao uso do produto, como injeção intravascular ou nódulos e edema recorrente associados a injeções do ácido hialurônico

Giane Giro
Dermatologista
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A médica explica que o ácido hialurônico é degradado naturalmente pela nossa pele, pois temos a enzima hialuronidase que dissolve o nosso ácido hialurônico, abundante na pele e constantemente metabolizado. "O produto injetado pode ser degradado pela nossa hialuronidase natural em alguns meses ou em até dois anos. O tempo de degradação depende do tipo de produto aplicado, quanto maior a viscosidade do gel e o grau de crosslinking, maior a durabilidade do tratamento".

A aplicação da hialuronidase pode gerar algum desconforto ou ardência no momento da aplicação. Logo após a injeção da enzima, pode acontecer um discreto edema ou prurido no local. "Alguns pacientes podem apresentar uma reação alérgica à hialuronidase. Embora sejam raras, essas reações podem incluir casos graves de hipersensibilidade, potencialmente evoluindo para anafilaxia".

A médica reforça que os tratamentos com ácido hialurônico devem ser realizados pelo médico que está habilitado para tratar todas as possíveis complicações relacionadas a esse procedimento.

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