O músico Junior Lima revelou ter passado por momentos de dificuldades após encerrar a parceria musical com a irmã, Sandy. Eles cantaram juntos por 17 anos e colocaram um fim na dupla Sandy & Junior em 2007.
“Eu tive um princípio de depressão, tive síndrome do pânico, foi uma fase muito difícil, de muita análise, para poder superar e entender o que estava acontecendo comigo. Para mim, eu era uma pessoa que estava muito bem, levava as coisas com leveza, e, de repente, veio tudo de uma vez”, contou na conversa com Ana Maria Braga.
Ele contou que encara os momentos difíceis como algo positivo.
O transtorno de pânico é um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado por crises inesperadas e recorrentes de desespero e medo de que algo ruim aconteça, mesmo que sem perigo iminente. "A recorrência é essencial para o diagnóstico, sendo os ataques classificados como inesperados, sem indício óbvio, ou seja, o ataque parece vir do nada sem a evidência de um gatilho desencadeante. É importante ressaltar que a frequência e a gravidade desses ataques variam amplamente, podendo ocorrer ao longo de meses ou anos", explica o psiquiatra João Paulo Cirqueira. Durante os episódios de pânico, as preocupações predominantes estão relacionadas a consequências físicas, julgamento negativo por parte dos outros e o temor de perder o controle.
O médico explica que o transtorno de pânico é marcado pela presença de ataques súbitos de medo intenso, conhecidos como ataques de pânico, que atingem um pico em poucos minutos. "Durante esses episódios, a pessoa pode experimentar uma variedade de sintomas físicos e cognitivos, como palpitações, falta de ar, tremores, tontura, aperto no peito, sensação de sufocamento, batimentos cardíacos acelerados, suores, formigamentos, náusea ou desconforto abdominal, sensação de calafrio ou ondas de calor, medo de perder o controle ou de enlouquecer", diz o psiquiatra.
Os ataques de pânico são seguidos de:
O tratamento do transtorno do pânico visa não apenas a redução das crises, mas também proporcionar alívio dos sintomas e melhorar a qualidade de vida. Após o diagnóstico, a abordagem terapêutica geralmente inclui uma combinação de psicoterapia e medicamentos. "Antidepressivos e ansiolíticos são prescritos pelo psiquiatra, diminuindo a intensidade dos sintomas físicos associados às crises. A psicoterapia desempenha um papel fundamental, abordando medos, fobias e ansiedades, capacitando o indivíduo a modificar sua atitude diante dos ataques de pânico", diz o médico.
O tempo de tratamento varia, sendo crucial manter a consistência com as orientações do psiquiatra. Interrupções prematuras podem resultar no retorno dos sintomas com maior intensidade. "Além da abordagem clínica, a mudança no estilo de vida é uma componente importante do tratamento. Adotar uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente e incorporar atividades de lazer e relaxamento, como meditação e massagens, contribuem para o bem-estar geral e ajudam a minimizar o impacto da síndrome do pânico", finaliza João Paulo Cirqueira.
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