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Veja novidades no tratamento e prevenção de câncer de pulmão

Veja novidades no tratamento e prevenção de câncer de pulmão

As mais recentes descobertas científicas foram apresentadas no Congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO 2024)

Publicado em 8 de agosto de 2024 às 20:29

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Mulher tossindo
Tosse que não desaparece ou piora ao longo do tempo é um dos principais sintomas. (Shutterstock)

Na lista dos cânceres mais agressivos, o câncer de pulmão aparece em primeiro lugar quanto à mortalidade de homens e em segundo lugar quanto à mortalidade de mulheres, de acordo com estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Por esse motivo, o diagnóstico da doença pode ser assustador.

No entanto, especialistas apontam como a ciência e as novas tecnologias têm representado uma fonte de esperança para os pacientes. Terapias-alvo, imunoterapia e terapias combinadas vêm revolucionando os tratamentos e aumentando não só as possibilidades de sobrevivência, como também de qualidade de vida.

As mais recentes descobertas científicas foram apresentadas no Congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO 2024). A oncologista Juliana Alvarenga, do Ellas Oncologia, destaca o estudo Adriatic, que mostrou o benefício da combinação entre a realização da quimioterapia e o uso do imunoterápico durvalumabe para o tratamento do câncer de pulmão de pequenas células, o tipo mais agressivo da doença.

“Não havia novidades terapêuticas há mais de 30 anos nessa área. Os imunoterápicos auxiliam o sistema imunológico do corpo a reconhecer e atacar especificamente as células cancerosas”.

Juliana Alvarenga, oncologista
A oncologista Juliana Alvarenga fala sobre os novos tratamentos. (Divulgação)
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E pesquisas como essa mostram como as combinações entre eles e outros tipos de terapias, como a quimioterapia, podem retardar o avanço do câncer de forma mais eficaz do que os tratamentos isolados

Juliana Alvarenga
Oncologista
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Já a oncologista Caroline Secatto destaca a possibilidade de uso das terapias-alvo, que atuam diretamente sobre as mutações genéticas específicas das células cancerígenas, bloqueando o crescimento e a disseminação do tumor.

“Outro estudo de destaque foi o Laura, que investigou a adição do osimertinib, uma medicação que atua no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), no tratamento de câncer de pulmão em estágio 3, quando a doença não é operável. Essa terapia-alvo mostrou resultados extremamente promissores para a sobrevida de pacientes com mutação no gene EGFR, que normalmente receberiam apenas tratamento com quimioterapia concomitante a radioterapia”, detalha.

A especialista explica: “esses pacientes possuem um alto risco de recidiva da doença, saber que temos novos horizontes é, sem dúvidas, um avanço. É um motivo de muita comemoração”, afirma Caroline.

Sinais e sintomas

Reconhecer os sintomas do câncer de pulmão é crucial para um diagnóstico precoce. Fique atento aos principais sinais da doença.

  • Tosse persistente: tosse que não desaparece ou piora ao longo do tempo.

  • Dor no peito: dor constante no peito, que pode se estender para o ombro ou para as costas.

  • Falta de ar: dificuldade para respirar ou sensação de falta de ar.

  • Perda de peso e falta de apetite: perda de peso inexplicável e falta de apetite.

  • Fadiga: sensação de cansaço extremo sem motivo aparente.

  • Tosse com sangue: expectoração de sangue ao tossir.

  • Infecções respiratórias de repetição: entre os exemplos, estão as pneumonias que acontecem repetidas vezes.

“É importante destacar que a maioria dos cânceres de pulmão não provoca sintomas em seus estágios iniciais. Por isso, é muito importante as pessoas façam seus exames de rastreamento caso tenham indicação”, destaca a oncologista.

Câncer de pulmão pode ser evitado

Cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão são provocados pelo uso do cigarro. Por isso, Caroline Secatto destaca a importância da adoção de medidas preventivas, a começar pela eliminação do hábito de fumar.

“O abandono do tabagismo tem efeitos imediatos para o corpo. Em 10 anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de quem para de fumar é de cerca de metade da de um fumante”, pontua.

Uma grande preocupação das sociedades médicas é o uso de cigarros eletrônicos, chamados de vape, que tem se popularizado nos últimos anos, especialmente entre os jovens. Mas, Juliana Alvarenga ressalta que eles podem ser tão prejudiciais quanto os tradicionais. “Produtos químicos presentes nos líquidos usados no vape podem causar danos significativos ao tecido pulmonar, desencadeando uma série de doenças, incluindo o câncer de pulmão”, alerta.

Outras formas de prevenção da doença são evitar o fumo passivo, evitar a exposição às substâncias cancerígenas, como amianto e radônio, manter uma dieta equilibrada e fazer exercícios regularmente.

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