A febre oropouche é uma doença causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), descoberto pela primeira vez no Brasil em 1960. Ele é transmitido principalmente pela picada de um tipo específico de inseto chamado Culicoides paraensis, encontrado em áreas com muito lixo e perto de rios.
A doença tem preocupado os médicos de todo o Brasil. Após ser confirmado diversos casos no país, com destaque para o Rio de Janeiro, Bahia e Espírito Santo, especialistas têm intensificado o alerta sobre a prevenção da doença, especialmente com a epidemia de dengue, que tem dificultado o tratamento da enfermidade.
“A febre oropouche tem sintomas muito similares à dengue; por isso, as pessoas dificilmente buscam testes mais específicos, confundindo-a com dengue, o que acaba defasando as estatísticas sobre a doença”, explica Vital Fernandes Araújo, médico especialista em medicina ortomolecular e psiquiatria.
Diferentemente do mosquito que transmite a dengue, esse inseto não precisa de água parada para se reproduzir, podendo se multiplicar em locais com matéria orgânica, o que dificulta bastante o seu controle.
Os sintomas da febre oropouche são bastante similares aos de doenças como a dengue e a chikungunya, o que costuma dificultar a sua identificação. Sendo:
O período de incubação do vírus é de cerca de quatro dias, podendo apresentar variações de até 12 dias.
Segundo o médico, ainda não existem tratamentos específicos ou vacinas disponíveis contra a doença. “As técnicas usadas para combater a doença são mais voltadas para o alívio de sintomas, o que é feito com base no quadro de cada paciente”, explica.
Para prevenir a febre oropouche, é importante evitar áreas em que há muitos casos da doença e reduzir as picadas de insetos. Isso pode ser feito usando roupas que cubram bem o corpo, sapatos fechados e repelentes nas partes do corpo expostas. Além disso, algumas medidas como limpar áreas ao redor da casa, recolher folhas e frutas do chão e usar telas em portas e janelas ajudam a diminuir a presença de insetos.
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