Ano após ano, pais e responsáveis por crianças e adolescentes têm uma missão nos meses de janeiro e fevereiro: a compra dos materiais escolares. O período que antecede o início do ano letivo é marcado pelo aumento significativo na procura por itens como mochilas, cadernos e acessórios como lápis e réguas e, tradicionalmente, as famílias "batem perna" nas papelarias para fazer pesquisas e comparações de preço, tudo para minimizar o impacto no orçamento familiar.
No Espírito Santo, os itens da lista escolar podem ser encontrados com uma variação superior a 700% entre as lojas. Os números foram revelados pela pesquisa de preços realizada pelo Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor capixaba (Procon-ES).
Neste ano a pesquisa levantou os preços de 85 itens, pesquisados em diferentes estabelecimentos. O resultado mostrou que, se comparados os preços de 2024, alguns itens apresentaram um aumento considerável nas prateleiras.
A maior variação foi de 732,5% em uma caneta marca texto. No último ano, a unidade do item podia ser encontrada por R$ 2 e, neste ano, o preço praticado é de R$ 16,65. Ao mesmo tempo, entre os produtos da lista com queda no valor, um apontador com depósito que antes era vendido por R$ 13,90 pode ser comprado neste ano por R$ 4,90. A variação é de −63,16%.
Segundo o Procon-ES, a pesquisa de preços de materiais escolares teve como objetivo orientar os consumidores sobre os valores de itens comuns nas listas de material escolar. Os resultados evidenciam a importância de pesquisar antes de comprar.
De acordo com a diretora-geral do órgão, Letícia Coelho Nogueira, uma boa estratégia para economizar é negociar primeiro com as crianças. Isso porque produtos temáticos, como os de super-heróis e outros personagens, costumam ter preços mais elevados, assim como os importados, devido à alta do dólar.
"Recomendamos cautela na escolha dos materiais escolares, pois itens de marcas patenteadas, como super-heróis e outros personagens, geralmente são muito mais caros, o que pode aumentar consideravelmente o custo total", destaca Letícia.
Ainda segundo o Procon capixaba, no último ano foi elaborada uma nota técnica que define critérios para identificação de exigências irregulares nas listas de materiais escolares. O texto apresenta uma relação de itens que não podem ser solicitados aos alunos.
“O objetivo é orientar e conscientizar as instituições de ensino particulares no Estado a seguirem as normas de defesa do consumidor, além de coibir práticas abusivas. Entre as irregularidades destacam-se: a solicitação de materiais sem finalidade pedagógica, de uso coletivo, em quantidades excessivas ou exigência de marcas, modelos ou lojas específicas. Essas práticas violam os direitos dos consumidores”, sinaliza o Procon.
No caso de reclamações, o órgão informa que os consumidores podem procurar pela sede na Avenida Jerônimo Monteiro, no número 935, no Centro de Vitória. O atendimento é deito de segunda a sexta-feira, mediante agendamento pelo site agenda.es.gov.br.
Outra unidade do Procon-ES está localizada no Faça Fácil, em Cariacica, que atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e, aos sábados, até as 13 horas. O agendamento para o Faça Fácil deve ser feito pelo site facafacil.es.gov.br.
A população também pode registrar reclamações, sem sair de casa, pelo atendimento eletrônico disponível no site procon.es.gov.br. Dúvidas também podem ser esclarecidas pelo WhatsApp (27) 3134-8499.
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