Na correria do dia a dia, em meio às atividades cotidianas de trabalho e estudo, por exemplo, escolher o meio de transporte ideal é crucial para ganhar tempo e também poupar dinheiro. O dilema para quem não tem veículo próprio passa pela escolha entre transporte coletivo público, bicicletas compartilhadas e carros por aplicativo ou até mesmo o deslocamento a pé, a depender da distância dos destinos e das necessidades individuais.
Mas, afinal, qual a escolha mais prática e mais barata na Grande Vitória? Na região, as opções coletivas incluem os sistemas Transcol e Aquaviário, os moradores também contam com bicicletas compartilhadas – incluindo as elétricas, novidade em Vila Velha – e carros por aplicativo
Segundo especialistas, a escolha ideal vai além de fatores econômicos, já que também deve passar por critérios de gestão do tempo e até mesmo de saúde física e mental.
“Nós temos ofertas de serviços que dão variadas possibilidades para o cidadão, aos diversos extratos de renda na sociedade, das pessoas de baixa renda até os de renda mais. Com isso, a escolha deve se enquadrar no que se encaixa melhor no orçamento”, diz o economista Ricardo Paixão.
De acordo com o especialista, o meio de transporte deve ser considerado como fator determinante para os gastos mensais da população, que deve colocar na balança a praticidade e o custo das opções, sem deixar de lado o que é mais confortável para o corpo e para o bolso.
“É importante salientar que a pessoa não precisa engessar essa decisão. Não precisa usar apenas o Transcol ou apenas carro de aplicativo, por exemplo. Devemos analisar as rotinas, planejar os dias e ver o que é mais prático para o bolso e para o tempo que temos disponível”, complementa Ricardo, frisando a importância da organização financeira para uma melhor gestão dos recursos.
Transcol e Aquaviário: R$ 4,70 em dias úteis / R$ 4,10 aos domingos
↳ sistema integrado permite o início da viagem no ônibus e nova viagem no barco apenas com o pagamento da primeira tarifa;
Bikes e patinetes elétricos em Vila Velha: R$ 2 por ativação e R$ 0,25 por minuto utilizado
Bike Vitória: R$ 7,20 para o passe de 24h / R$ 16,20 para o plano mensal e R$ 108 para o plano anual
↳ no Bike Vitória, as viagens têm um limite de 75 minutos e o sistema conta com um intervalo de 10 minutos para novas retiradas nas estações; se excedido o limite, o modal cobra R$ 5 a cada 30 minutos extrapolados
Segundo Ricardo Paixão, quando são considerados os fatores de distância, custo do meio de transporte e tempo a ser percorrido, a conta é simples. Basta calcular o espaço entre o ponto de saída e o de chegada e, se possível, o tempo a ser gasto e o custo para utilizar o meio de transporte. Veja os exemplos abaixo:
Ou seja, de acordo com o especialista e com as opções de mobilidade na Grande Vitória, a escolha das bikes elétricas e das comuns compartilhadas pode ser ideal para distâncias curtas (de 3 a 10km) em áreas urbanas, já que, nesses percursos, a viagem fica mais barata que a passagem do Transcol, permite a fuga do trânsito em horários de pico e ainda promove a prática de atividades físicas.
Na Capital, usando o Bike Vitória, o usuário pode, por exemplo, ativar o serviço em uma estação perto de casa para ir ao trabalho e reativar o modal na volta, mantendo o custo de R$ 7,20 por dia, abaixo dos R$ 9,40 pagos em duas passagens do Transcol. Essa opção, porém, depende da proximidade das estações dos pontos de saída e chegada do usuário.
Já a escolha do ônibus coletivo pode ser ideal em distâncias maiores, em que o custo da viagem com as bikes ou os carros de aplicativo pode acabar superando o que é pago a cada quilômetro em um trecho superior a 10 km, por exemplo. Por sua vez, o veículo de aplicativo pode ser uma opção para viagens mais confortáveis e que não podem depender de horários fixos dos coletivos, que, muitas vezes, limitam-se à saída de terminais e são mais lentos no trânsito das cidades.
Especialista em mobilidade urbana, Tarcísio Bahia faz conexão com as ideias de Ricardo Paixão e explica que quem tem uma renda maior pode optar pelos carros de aplicativo, ainda que enfrente engarrafamentos, ao mesmo tempo em que pessoas de renda menor buscam por opções mais econômicas.
“As opções têm crescido e isso é muito positivo. Entretanto, ainda há desafios para regulamentação e estrutura adequada para todos os modais de transporte. As cidades precisam se adaptar para uma mobilidade mais ativa e segura”, pondera Tarcísio.
O especialista salienta que, no âmbito das gestões municipais e estaduais, a prioridade deve ser voltada para os transportes de massa, como os ônibus coletivos, garantindo sistemas integrados e infraestrutura que seja mais atrativa do que cada vez mais carros travando as ruas.
No geral, como pontuam os especialistas, a escolha ideal depende do equilíbrio dos fatores de tempo e custo. Resumidamente, para um trajeto curto e sem pressa, a bike elétrica (ou a comum) pode ser a melhor opção. Para distâncias maiores em que o conforto é indispensável, o carro de aplicativo pode ser a alternativa. Por fim, se a ideia é economizar, havendo mais tempo disponível para realizar a viagem, o transporte coletivo pode ser o selecionado.
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