Com a proximidade do período de férias, chega a hora de planejar os detalhes do próximo destino. E se for fora do Brasil, é preciso também ficar atento a mais detalhes, como seguro viagem e o câmbio antes de embarcar — especialmente nos últimos dias, quando a cotação do dólar, por exemplo, está acima dos R$ 6.
Para definir a melhor forma de comprar moeda estrangeira para uma viagem, é importante considerar os objetivos de quem vai pegar o avião. Mas, nesse cenário, tem se destacado o uso das contas globais para fazer os pagamentos durante a viagem.
Optar pelas contas globais pode resultar em economia na hora de fazer o câmbio. Isso porque o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é mais baixo do que o cobrado em cartões de crédito tradicionais. Ao abastecer o cartão global é cobrado IOF de 1,1% no câmbio, o mesmo do ter o dinheiro em espécie. Já sobre as operações de compra no crédito ou outras modalidades incide imposto de 4,38%.
Na prática, o valor é menor porque o imposto é cobrado no momento da conversão e transferência de uma conta da mesma titularidade, só que no exterior, para movimentar moeda estrangeira. Geralmente, a conversão das moedas é feita também com o câmbio comercial, mais vantajoso em relação ao turismo, e o abastecimento da conta internacional pode ser feito pelo Pix.
Para Leonardo Boa, professor da Fucape Business School, cartões globais são uma excelente opção para quem viaja ao exterior, mas, como qualquer produto financeiro, possuem vantagens e desvantagens. Antes de escolher uma opção, é importante analisar se as vantagens são mais relevantes para o seu perfil de viajante e se as desvantagens podem ser contornadas.
O professor acrescentou, entre as vantagens, a possibilidade de fazer saque na moeda local com o cartão global, evitando a necessidade de casas de câmbio e suas taxas menos favoráveis.
Ele também destacou algumas desvantagens para ficar de olho. É preciso ficar atento a taxas e tarifas, já que alguns cartões globais podem ter taxas de anuidade, emissão ou manutenção, além de tarifas para saques, transferências e outros serviços. Por isso, indica comparar as opções disponíveis. O professor falou ainda sobre a dependência da internet, porque para usar o aplicativo e acompanhar os gastos, é preciso ter acesso a internet, o que pode ser um problema em alguns destinos.
A advogada Jamile Verdini passou a adotar cartões globais nas últimas viagens que fez ao exterior e afirma que a escolha por esse meio de pagamento foi pela praticidade. Ela conta que sempre optou por levar dólar em espécie para evitar o uso de cartão de crédito internacional por ter taxas mais altas e conversão não vantajosa. A última viagem que fez foi para o Canadá, para visitar a irmã, e, de lá, as duas foram para os Estados Unidos.
"Sempre levei dólar em espécie, mas sempre com preocupação, porque tem risco de perder e é complicado levar quantidade grande de dinheiro. E com o cartão não tem isso. Você carrega, tem taxa, mas é menor e você vai gastando e debitando do saldo. Quando o dinheiro estiver acabando, é só recarregar a conta global com Pix", conta.
Ela lembra ainda de outra situação que é amenizada com o uso do cartão, que são as sobras das moedas. "Sempre achei ruim de levar dinheiro em espécie o receio de trocar tudo e depois sobrar moeda. Para reconverter, acaba sendo prejuízo. O cartão também eliminou as minhas idas constantes a casas de câmbio durante a viagem para trocar dinheiro. Fora que, se sobrar algum valor, fica em dólar e consigo usar numa próxima viagem", lembra.
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