Com a virada do ano, começa a temporada de pagamento de impostos, incluindo os dois principais tributos, o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Cada município define suas regras e condições para a quitação em relação ao IPTU, por exemplo, mas a dúvida permanece: vale a pena pagar à vista?
Os economistas Ricardo Paixão e Mário Vasconcelos ajudam a responder a essa e a outras questões relacionadas aos impostos. Ricardo destaca que, antes de decidir, é essencial entender não apenas os benefícios de quitar os tributos, mas também organizar as finanças para evitar sobrecarga no orçamento. Para os especialistas, o melhor cenário é o pagamento à vista, desde que esteja dentro das possibilidades financeiras de cada família.
Aos que têm dívidas e não sabem qual pagar, Paixão sugere uma análise cuidadosa do custo das dívidas e das taxas de juros. Nesse caso, o parcelamento do IPTU e do IPVA pode ser uma opção viável. “Se você está diante de uma escolha, opte por uma dívida que tem um custo maior, comparando a taxa de juros com a taxa de desconto ofertada pela prefeitura ou pelo Estado. Se a taxa de juros for maior, é melhor se livrar daquela dívida”, explicou.
Outro ponto importante é a avaliação do impacto do pagamento à vista sobre o fluxo de caixa familiar. Para pessoas que possuem uma reserva de emergência consolidada, quitar os impostos em uma única parcela pode ser financeiramente estratégico. No entanto, para quem depende desse montante para imprevistos, o parcelamento é a alternativa mais segura.
O economista aconselha o contribuinte a avaliar as condições oferecidas por seu município ou Estado e, em dúvida, contatar um especialista. As regras para descontos e parcelamentos podem variar, e a falta de informação pode levar a perdas financeiras. A consulta aos portais das prefeituras e aos órgãos responsáveis é essencial para entender os prazos, taxas e benefícios disponíveis.
Para aqueles que já enfrentam dificuldades em quitar suas dívidas com as prefeituras, outro caminho é viável. De acordo com Vasconcelos, há um aumento significativo no número de planos de negociação oferecidos pelas prefeituras. Essas ofertas permitem que os contribuintes regularizem suas contas de forma mais segura e sem comprometer sua estabilidade financeira.
Erros comuns
Erros financeiros comuns podem gerar consequências graves para os contribuintes. De acordo com os especialistas, a falta de planejamento financeiro é o principal. Ricardo Paixão alerta que muitos deixam para organizar suas finanças apenas no mês anterior ao vencimento dos impostos, o que dificulta escolhas vantajosas.
O especialista Mário Vasconcelos complementa que os "gastos invisíveis", aqueles realizados no dia a dia, são os mais perigosos. "O contribuinte gasta sem perceber, o que pode levar a uma desorganização financeira", explica.
Para evitar essas consequências, Vasconcelos recomenda anotar os gastos para entender o destino do salário. "Você sabe quanto recebe todo mês, agora é preciso entender para onde vai o dinheiro. Valorize seu dinheiro para não gastar em produtos desnecessários", aconselha.
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