“Disputar grandes campeonatos. Jogar uma Copa do Mundo. Dar melhores condições de vida à minha família”. Não é incomum ouvir essas frases de jovens atletas que estão dando os primeiros passos no esporte quando questionados sobre seus maiores sonhos.
Frutos de projetos sociais e times do Espírito Santo, várias são as inspirações que conquistaram tais objetivos: Carlos Germano, Nathan, Richarlison, Savinho, Liz, Marzia, Mariana e outros são exemplos que chegaram a equipes como Vasco, Flamengo, Internacional, Tottenham, Manchester City e na tão sonhada Seleção Brasileira.
Seguindo uma trajetória parecida, milhares de jovens trilham, a cada ano, um caminho em busca de mais chances no esporte. Oportunidades essas que, em 2024, têm se apresentado na Taça EDP das Comunidades, onde cerca de mil atletas entram em campo em busca do título de uma das competições mais importantes para 44 comunidades da Grande Vitória.
Cria de Terra Vermelha, em Vila Velha, Maurício Santos começou a dar os primeiros passos no esporte quando tinha apenas sete anos. Hoje, aos 21, o capixaba acumula passagens por times como Rio Branco, Porto Vitória, Caxias e Zurich e Schaffhause (Suíça). Entretanto, antes da chegada nas equipes de relevância nacional e internacional, foi na Taça EDP que o jovem encontrou a realização de parte de seus sonhos.
“Essa é uma competição que nos dá uma visibilidade enorme não só pela transmissão, mas pelas pessoas que nos observam e entendem a importância que o esporte tem para quem é da favela”, diz Maurício. O jogador conta que o momento mais marcante da carreira até aqui foi justamente a estreia na Taça, quando a equipe da Barra do Jucu, a qual defendia, venceu a de Normília da Cunha por 2 a 0, em 2018.
Inspirado pela força da mãe – que criou nove filhos sozinha, sendo o alicerce de toda a família – o atleta afirma que com treinos intensos e trabalho árduo para melhorias físicas e mentais, o esporte pode mudar a realidade dentro de casa.
“Acredito que já conquistei alguns sonhos e metas, mas tenho uma mãe que me impulsiona como um combustível para que eu possa viver grandes histórias com o futebol, e a Taça EDP tem parte nisso, porque foi a partir dela que consegui visibilidade para outros clubes”, completa Maurício.
Assim como o jogador de Vila Velha, a história da jovem Lavínia Venturin no esporte também se entrelaça com a Taça EDP das Comunidades. Atleta da equipe de Muquiçaba, em Guarapari, Lavínia também vê a competição como uma ponte no caminho até o futebol profissional.
“Meu começo no esporte foi em um time de futsal, mas peguei gosto pelo campo. É no futebol que conto as horas para jogar, e é onde minha mente esquece de tudo que acontece ‘lá fora’. É meu porto seguro”, diz a jovem.
Para os organizadores e parceiros da Taça, os principais objetivos da competição estão interligados justamente na projeção de atletas para equipes profissionais, na cultura de paz entre as comunidades e na descoberta de talentos.
“A Taça é um momento para integração das comunidades e de celebração do esporte, celebrando a cultura de paz ao mesmo tempo em que incentivamos a saúde e o esporte capixaba. Queremos que seja uma competição onde a gente possa colher frutos talentosos para o nosso Estado”, pontua Edson Barbosa, diretor da EDP no Espírito Santo.
O pensamento é compartilhado por Marcelo Siqueira. Para o coordenador da Central das Comunidades (CDC), é em campo que os jovens da Grande Vitória podem mostrar parte do melhor de si para o mundo.
Responsável pela gestão dos projetos e eventos promovidos pela Rede Gazeta, que também é parceira da Taça, Bruno Araújo afirma que, além dos gramados, a empresa está de portas e olhos abertos para fomentar o esporte capixaba em suas variadas frentes.
“Sabemos que a Taça EDP das Comunidades é um celeiro de oportunidades e motivo de uma alegria muito grande para esses jovens. Nós temos mais de mil atletas, 44 comunidades envolvidas diretamente e, nos bastidores, uma parceria entre Rede Gazeta, EDP e Governo do Estado que facilita a construção de um projeto tão grandioso”, frisa Bruno.
Para as equipes campeãs da edição de 2024, a competição vai promover R$ 32 mil em premiações, sendo R$ 16 mil para cada um dos times. Segundo o regulamento previamente apresentado, os valores serão integralmente revertidos para a compra de materiais esportivos como chuteiras, coletes, bolas e demais itens voltados para o desenvolvimento do esporte nas comunidades.
Além disso, os segundos e terceiros lugares vão contar com premiação de medalhas e um kit de uniforme completo para os 22 atletas que disputaram a competição.
Ao mesmo tempo, quem vibra nas arquibancadas não fica de fora dos prêmios, já que, no final da Taça, a torcida mais animada e que promover a confecção de bandeiras, faixas e camisas da forma mais criativa, vai receber o prêmio “Torcida Campeã”, com um churrasco liberado para 100 pessoas.
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