Começou na manhã desta sexta-feira (1), em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, o julgamento de Magnun Buzatto Marques de Almeida, acusado de espancar a namorada em junho de 2017. Representantes da União Cachoeirense de Mulheres (UCM) protestaram na porta do Fórum Desembargador Horta de Araújo.
A coordenadora da UCM, Jéssica Grilo, foi uma das que participaram do protesto. Ela contou que as mulheres chegaram às 7h30 no Fórum e ficaram até as 9h30. “Nós ficamos aqui até a Mônica (vítima) chegar. Esperamos que a justiça seja feita. Isso aconteceu há quatro anos e ele conseguiu ter uma vida normal, mas ela teve a vida devastada", afirmou.
Na época, 14 dias após o fato, o acusado ficou preso por dois meses e depois teve a liberdade concedida pela Justiça. A vítima Mônica Peccini Mardegan, de 36 anos, que teve os dentes quebrados, uma fratura no nariz e ficou oito dias sem conseguir abrir os olhos devido aos hematomas, está acompanhando o julgamento, que não tem previsão para o término.
“Por volta das 11h30, terá uma pausa para almoço, mas pode ser que não se encerre hoje. Estamos em contato com a família para acompanhar o andamento porque é uma angústia há muito tempo”, disse Jéssica.
A defesa de Magnun Buzatto Marques de Almeida, representada pelas advogadas Arlete Barreto de Araújo Silveira e Márcia Pruccoli Gazoni, informou que não vai se manifestar e se reserva para a sustentação no plenário do Júri. A informação foi dada pela defesa quando o júri foi marcado. Nesta sexta-feira (2), a defesa foi novamente procurada, mas a reportagem não conseguiu contato.
Mônica foi agredida no dia 17 de junho de 2017depois de uma festa de aniversário, no distrito de Burarama, interior do município de Cachoeiro. Eles tiveram um relacionamento de nove meses. “Fomos a um aniversário do avô dele. Eu dancei com o tio dele e ele com uma tia. Depois disso, ele me chamou para ir embora. No caminho, parou o carro e começou a me dar socos no rosto, até me mordeu. Eu pedia para ele parar, mas ele me jogou para fora do carro, no asfalto, e tentou me esganar. Pensei naquela hora que iria morrer”, relembra a vítima.
Depois de agredi-la, Magnun a teria colocado novamente no carro e a ameaçado, dizendo que a jogaria em um açude da região. No trajeto, ele teve que passar por uma praça, onde Mônica abriu a porta do veículo para pedir ajuda e, vendo seu estado, moradores conseguiram parar o agressor e socorrê-la.
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