Inspirar, mobilizar, questionar, encorajar e ajudar. Esse foi o objetivo do evento Todas Elas que aconteceu na manhã desta quarta-feira (29), em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado. Na ocasião, diversas mulheres contaram histórias e depoimentos que geraram empatia e inspiração em outras mulheres que, assim como elas, buscam mudar a própria realidade.
A abertura do evento, que ocorreu no cerimonial Bom Gosto, no bairro Paraíso, foi realizada pela editora-chefe do site A Gazeta e CBN Vitória, Elaine Silva, que é uma das embaixadoras do Todas Elas – projeto que combate violências e desigualdades, e fortalece o empoderamento feminino.
“O projeto nasceu dentro da redação de A Gazeta, em janeiro de 2020. Nós jornalistas queríamos entender por que o Espírito Santo é um dos lugares mais perigosos para ser mulher em todo Brasil. O Todas Elas quer unir vozes, pedidos de socorro em torno de um canal feito para valorizar a mulher”, falou Elaine, que mediou o evento.
Segundo Elaine, essa é a quarta fase do projeto. Primeiramente, foi abordada a mobilização sobre a violência; depois, foram divulgados os serviços da rede de apoio que a mulher tem, como delegacia e defensoria.
Já a terceira fase teve como foco a educação e, por fim, a quarta tem como ênfase o empreendedorismo. “Para que as mulheres possam liderar um negócio, sua carreira, suas vidas”, explicou.
“A Ciência da Felicidade” foi o tema da palestra da empresária, fundadora da startup Behappier, da begroup Publicidade Positiva e embaixadora do Movimento Capitalismo Consciente no ES, Flávia da Veiga.
Na ocasião, Flávia ensinou formas das pessoas serem mais felizes. Contudo, para que isso fosse possível, a mesma precisou aprender e entender o que é a felicidade. “Minha vida era aparentemente perfeita. Eu tinha tudo, mas não tinha o principal: a felicidade”, disse.
Segundo a palestrante, felicidade é uma habilidade que pode ser desenvolvida. “A felicidade não é o lugar, não é uma meta a ser alcançada, é a trajetória”, explicou.
Flávia disse, ainda, que a felicidade é como tocar um instrumento, uma vez que requer prática. Desse modo, apresentou seis passos os quais devem ser colocados em ação, sendo eles: gratidão, metas, bons relacionamentos, realização de atividade física, gentileza e meditação. “Meditar é não se agarrar aos pensamentos, é viver no momento presente”, disse.
Ao fim, foi possível observar que as pessoas estavam bem emocionadas, visto que foram tocadas com a mensagem da palestra. “Não espere uma vida perfeita para ser feliz, essa vida não existe, isso é conceito de Hollywood [...]. O segredo da felicidade está dentro de nós”, concluiu.
Em seguida, houve uma roda de conversa com algumas mulheres capixabas influentes da região, sendo elas: a gerente de Inteligência Competitiva e Marketing do Sicoob, Carolina Bento; a coordenadora do Escritório do Sebrae de Cachoeiro, Elizangela Mezadre; a coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim, Dra. Andressa Mussi; e a coordenadora de Projetos e Controle de Obras da BRK Ambiental, Adriana Cardoso.
Cada uma apresentou sua história, conquistas e desafios, mas unidas para contribuir com o legado e a marca que querem deixar para a sociedade. Carolina, por exemplo, contou que questionava qual era o legado dela e descobriu que é inspirar outras mulheres por meio do jeito e dos valores que tem. “Eu precisei olhar em quem precisava me inspirar e no que precisava fazer para conquistar o nosso lugar”, comentou.
Assim como Carolina, a Dra. Andressa acredita que é importante ter pessoas que inspirem outras. “E temos que ser inspiração também, essa deve ser uma prática diária. Temos uma missão na vida, a gente vem para marcar”, expressou.
Já Adriana revelou que, em 2020, participou de um programa de aceleração de carreira da BRK e, desde então, procurou descobrir qual a marca e o legado que quer deixar para a filha. “Os momentos de dor vêm, mas quero que as mulheres, mulheres negras possam ver o papel fundamental que elas têm e não precisam ter medo”, destacou.
Para Elizangela, a carreira dela representa a possibilidade de um sonho. “É muito bom ajudar as pessoas e o Sebrae faz isso. Estou aqui provando que é possível sonhar, crescer, empreender. Que a gente consiga aproveitar cada momento, pois tudo é possível”, falou.
Flávia da Veiga disse que contar a história dela, as dores e as dificuldades para outras mulheres cria uma identificação. “Como foi possível para mim, foi possível não por mérito meu, mas por uma metodologia cientifica, é possível desenvolver a habilidade da facilidade, todos nós podemos mesmo diante das dificuldades”, enfatizou.
Ainda de acordo com Flávia, ela acredita que essa iniciativa da A Gazeta é fundamental, uma vez que dá espaço para que as mulheres possam discutir os mais variados temas, como saúde mental. “Esse encontro de mulheres que compartilham ideias, memórias é muito importante. É um ambiente que a gente pode se sentir à vontade para discutir assuntos”, contou.
Nesta quarta etapa, com foco para o empreendedorismo, é necessário falar da importância da mulher no mercado de trabalho e realizar sonhos. “Quebrando o ciclo da violência, a gente sempre denunciando, mas também tentando valorizar esse universo feminino e quanto à mulher pode estar onde quiser e fazendo o que ela quiser”, expôs Elaine Silva.
Elaine comentou que o evento em Cachoeiro de Itapemirim representa a possibilidade de ampliar o canal que existe dentro do site de A Gazeta e gerar inspirações. “A gente se coloca como uma das redes de apoio para valorização feminina, para igualdade de gênero dentro do Estado”, informou.
Com o sucesso que foi o Todas Elas em Cachoeiro, Elaine está confiante para que venha a próxima edição. “São muitas temáticas que acabam tocando a vida das mulheres, no trabalho, na família, na educação dos filhos. Então tem um universo de temas possíveis para a gente discutir [...], dá para a gente trazer com certeza”, acrescentou.
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