Isaías Júnior Carvalho, de 41 anos, que confessou ter matado a própria esposa, a atendente de padaria Mirelle Figueiredo Peruzia, na Serra, afirmou à Policia Civil que cometeu o crime após discutir com a mulher em casa. A vítima tinha de 27 anos e foi morta com um tiro na cabeça, na segunda-feira (16), quando seguia para o trabalho no bairro Camará.
A discussão, segundo relato de Isaías, foi por um motivo banal: ele disse que a repreendeu porque ela teria xingado após deixar o celular cair no chão.
A Polícia Civil deu mais detalhes sobre o caso durante coletiva de imprensa que aconteceu na manhã desta quinta-feira (19) na Chefatura da Polícia Civil do Espírito Santo, em Vitória. Foi o próprio Isaías que se apresentou na delegacia nesta quarta-feira (18) após perceber que os policiais estavam no bairro colhendo informações sobre o caso.
Segundo a titular da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Mulher (DHPM), delegada Raffaella Aguiar, responsável pelo caso, Isaías chegou à delegacia usando a aliança dele e da vítima.
Questionado pela delegada sobre o motivo do uso, ele respondeu que amava a esposa. A titular da DHPM disse que rebateu. "Falei com ele que quem ama não mata". Raffaella Aguiar também afirmou durante a coletiva que o assassino "é um feminicida clássico porque ele tenta justificar o crime bárbaro tentando desqualificar a vítima", comentou a delegada.
Após confessar o crime, Isaías Júnior Carvalho foi preso e levado para o Centro de Triagem de Viana. Isaías contou que achou a arma usada no crime na rua, depois que um criminoso a descartou perto da casa do casal antes de uma abordagem policial.
Um cunhado da vítima, Wanilson Souza Paula, aponta que o casal tinha um relacionamento conturbado, mas que não imaginava que poderia chegar a esse ponto. O marido da atendente de padaria chegou a liberar o corpo de Mirelle e a participar do velório e do enterro da esposa, segundo familiares dela. Isaías e Mirelle eram casados há 11 anos e tinham uma filha de 7 anos.
Mirelle foi sepultada no Cemitério de São Diogo, no mesmo município, no início da tarde de terça-feira (17), data em que a padaria onde a vítima trabalhou por cinco anos não abriu as portas, em luto pela perda da funcionária
O nome da vítima de feminicídio é Mirelle Figueiredo Peruzia, e não Mirela, como informado originalmente pela reportagem. O texto foi alterado.
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