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Projeto de empoderamento feminino lança cartilha antirracista no ES

Projeto de empoderamento feminino lança cartilha antirracista no ES

O conteúdo que está disponibilizado para download na página da instituição tem seis capítulos que aborda vários assuntos sobre questões raciais

Publicado em 23 de maio de 2023 às 19:15- Atualizado há um ano

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Redes Sociais/Das Pretas
Para acessar a cartilha basta entrar na página da instituição e realizar o download. (Redes Sociais/Das Pretas)
Julia Paranhos
Estagiária / [email protected]

Para ajudar pais, mães e cuidadores a dar uma educação antirracista para as crianças, o Instituto Das Pretas e a empresa Nívea vão lançar nesta quarta-feira (24) a Cartilha Antirracista da Escola de Elisas.

O conteúdo que está disponibilizado para download na página da instituição tem seis capítulos que abordam vários assuntos, entre eles o resgate do Brasil Afro-Brasileiro, bases sobre racismo e injúria racial, fundamentos de uma cultura antirracista e não-violenta, expressões antirracistas, empoderamento, orientação sobre o que fazer quando o racismo é identificado, além de dicas de livros e filmes.

A cartilha surgiu a partir dos questionamentos trazidos por pais e responsáveis de crianças participantes do projeto de letramento racial (prática de ensino que busca conscientizar as pessoas sobre a importância de entender a questão racial em todas as suas dimensões) a Escola de Elisas, sobre quais melhores formas de educar suas crianças negras e não negras para serem no futuro incentivadoras do respeito às diferenças. 

Segundo a co-coordenadora geral e coordenadora pedagógica do projeto, Luana Loriano, é essencial essa educação começar na primeira infância, quando a criança começa a criar a sua identidade. E em relação aos adultos, é importante estes estarem a par e conscientes desses assuntos para que possam ser também bons exemplos a serem reproduzidos.

“Poder estar comentando isso também para pessoas adultas é muito importante, porque é a gente sabe que as crianças acabam em alguns momentos reproduzindo falas de adultos. Quando a gente quer estourar uma bolha e fomenta isso para que adultos, conversem e leiam é uma forma também que a gente tem de combater isso de cima para baixo para que nossas crianças num futuro não tão distante consigam crescer em uma sociedade melhor ", explicou.

Escola de Elisas

O projeto foi criado com o objetivo de promover o letramento racial poético e proporcionar para as meninas de 8 a 12 anos um espaço de trocas e convivência por meio da literatura, no qual possam construir de forma saudável as suas identidades, exercitando o sonho e a imaginação, contribuindo para elas dialoguem sobre a negritude, empoderamento feminino e futuro.

A primeira edição do projeto foi realizada de forma presencial no bairro de Grande São Pedro, em Vitória, e recebia 20 meninas negras e não-negras para troca de conhecimento e diálogos.

Durante os três meses de projetos com sete encontros ao todo, as meninas receberam os " Presentes de Elisas”, kit contendo duas obras literárias, cada mês seguindo um direcionamento temático.

De acordo com  a coordenadora pedagógica do projeto, neste ano a escola acontecerá no segundo semestre para meninos e meninas, na faixa etária de 8 a 12 anos. As informações sobre como participar do projeto e outros serão publicadas nas redes sociais e no site da escola.

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