Neste sábado, 28 de maio, é o Dia Mundial da Higiene Menstrual, conforme instituído pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Para lembrar a data no Espírito Santo, voluntárias distribuíram neste sábado (28) mais de 500 pacotes de absorventes para mulheres que vivem nas ruas e em bairros de Vila Velha, na Grande Vitória.
Ao longo do dia, o grupo de oito voluntárias percorreu os bairros Soteco, Boa Vista, Coqueiral de Itaparica, Divino Espírito Santo e Centro. Ao todo, foram distribuídos 590 pacotes de absorventes.
Elas fazem parte do Projeto Recriar, que já distribuiu nos últimos seis meses 1,5 mil kits de absorventes para meninas de escolas públicas da Grande Vitória.
Em entrevista ao portal G1 ES, Melissa Emanuelle da Vitória, gerente do projeto, explicou que as primeiras ações contra a pobreza menstrual começaram há cerca de um ano quando ela ouviu de uma familiar que uma adolescente não saía de casa durante o período menstrual porque não podia comprar absorventes.
"Foi através de uma adolescente que, em determinada época do mês, não saía de casa. Então ela disse para minha enteada que estava com vergonha pois usava paninho ou papel higiênico, quando tinha", contou Melissa.
O projeto Recriar existe há quatro anos e desenvolve ações sociais, principalmente com crianças. Atualmente, 190 estão cadastradas e participam diariamente das atividades oferecidas pelos voluntários.
Com a doação deste sábado o estoque de absorventes arrecadados para as doações acabou, de acordo com a voluntária. Interessados em ajudar podem procurar o projeto pelas redes sociais.
A pobreza menstrual é o nome dado à falta de acesso de meninas, mulheres e homens trans a recursos básicos para manter a higiene no período menstrual.
O problema vai além do que não ter dinheiro para comprar um absorvente e inclui a falta de saneamento básico e água, por exemplo, para tomar um banho.
De acordo com dados do movimento Girl Up, uma a cada quatro meninas brasileiras não tem acesso a um absorvente e, por isso, falta às aulas quando está menstruada.
* Com informações de Fabiana Oliveira, do G1 ES, e de Iara Diniz, de A Gazeta
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