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Justiça nega liminar ao SBT para derrubar sinal da TV Tribuna no ES

Justiça nega liminar ao SBT para derrubar sinal da TV Tribuna no ES

Emissora de Silvio Santos foi à Justiça alegando que parceira no Espírito Santo está abandonada

Publicado em 10 de julho de 2023 às 08:16

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ARACAJU - O SBT teve negado pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) uma liminar para derrubar o sinal da TV Tribuna, sua afiliada no Espírito Santo desde 1985. O contrato entre as duas empresas terminaria no último dia 1º, mas o Grupo João Santos, dono da Tribuna, conseguiu uma decisão para impedir a rescisão contratual da afiliação.

A emissora de Silvio Santos já tem um acordo fechado com outra parceira na região, mas ela só pode começar seus trabalhos após o fim do imbróglio. O F5 teve acesso à decisão, assinada pela juíza Melissa Bertolucci, da 27ª Vara Cível de São Paulo. A decisão cabe recurso.

Rede Tribuna, Vitória
Sede da Rede Tribuna, em Vitória. (Ricardo Medeiros)

A alegação da magistrada para a negativa foi a de que o caso corre na Justiça de Pernambuco e que, portanto, o TJ-SP não teria competência para conceder uma medida cautelar. A ação está no Nordeste porque a sede da dona da TV Tribuna fica localizada no Recife (PE). Além da rescisão contratual, o SBT desejava uma multa de R$ 2,1 milhões pelo descumprimento do encerramento do acordo.

O valor é referente aos repasses financeiros dos últimos 12 meses realizados pelo SBT. Para pedir a suspensão do contrato, o SBT alega que a TV Tribuna não fez investimentos em modernização e ampliação de sinal.

Nos últimos relatórios de vistoria, anexados ao processo, o SBT diz ter provas de que a Tribuna estava abandonada. Desde o fim de semana, a TV Tribuna retransmite a emissora apenas por força de liminar.

O Grupo João Santos alega que o SBT quer deixar a TV Tribuna porque o conglomerado local pediu, em dezembro de 2022, uma recuperação judicial por causa de dívidas na casa dos R$ 13 bilhões. Fundado nos anos 1930, o grupo ficou conhecido por ser dono da marca de cimento Nassau.

Outros segmentos de atuação são celulose, agronegócios, comunicação e serviços como táxi aéreo e logística. Atualmente, o grupo tem cerca de 4,2 mil empregados.

O SBT diz que já tem um contrato com o Grupo Sim, válido por cinco anos, e que espera o fim do imbróglio para estrear sua nova parceira na região. A Justiça de Pernambuco ainda não marcou uma audiência para julgar o caso.

Procurada pelo F5, o SBT preferiu não comentar a briga judicial. Já o Grupo João Santos afirmou que está sob direção de dois profissionais experientes vindos do mercado financeiro, e que espera arrecadar R$ 1 bilhão neste ano com suas empresas, o que prova que não há motivos para o SBT deixar a operação.

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