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Viúva de João Gilberto é despejada de apartamento do músico pela Justiça

Viúva de João Gilberto é despejada de apartamento do músico pela Justiça

Bebel Gilberto, filha do pai da bossa nova, foi condenada a pagar débitos de imóvel no Leblon

Publicado em 7 de abril de 2021 às 15:44- Atualizado há 4 anos

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João Gilberto e Maria do Céu Harris
João Gilberto e Maria do Céu Harris. (Reprodução/Instagram)

A Justiça carioca determinou o despejo de Maria do Céu Harris, ex-companheira de João Gilberto, do apartamento onde ela vivia com o músico, na Rua Carlos Góes, no Leblon.

A sentença do juiz Paulo Roberto Campos Fragoso, do dia 25 de março, determina a rescisão do contrato de locação —que está no nome do pai da bossa nova, morto em julho de 2019— e a desocupação do imóvel em 15 dias, além do pagamento de alugueis atrasados.

A cantora Bebel Gilberto, filha de João, fiadora do imóvel e desafeto de Maria do Céu, também foi condenada na decisão do juiz Paulo Roberto Campos Fragoso —ela deve pagar débitos do imóvel.

Advogado de Maria do Céu, Roberto Algranti Filho diz que a citação dela como ré no processo não é regular e que ela não teve oportunidade de defesa. Ele afirmou que vai recorrer da decisão.

Maria do Céu segue morando no imóvel e não deve sair de lá tão cedo, segundo seu advogado, pois uma lei estadual em vigor no RJ impede o cumprimento de ordens de despejo durante a pandemia. Há bens de João Gilberto no apartamento.

Ainda segundo Algranti Filho, a sentença significa que o juiz reconheceu Maria do Céu como companheira de João Gilberto. Neste caso, afirma o advogado, ela teria direito a permanecer no imóvel, de acordo com uma lei de 1991.

Maria do Céu pede há meses na Justiça o reconhecimento de sua união estável com João, o que lhe colocaria no processo de espólio dele. Esta ação ainda está em curso.

João aguardava uma indenização milionária da gravadora EMI, responsabilizada por falhas na remasterização de quatro de seus discos: "Chega de Saudade" (1959), "O Amor, o Sorriso e a Flor" (1960) e "João Gilberto" (1961). O montante estipulado pela Justiça era da ordem de R$ 173 milhões.

O advogado de Bebel Gilberto, José Marco Tayah, não estava disponível para falar com a reportagem.

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João não fazia shows havia onze anos —a última turnê foi em 2008, e uma série de shows em 2011 foi cancelada após seu médico não lhe dar aval para viagens.

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