A procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), Luciana Gomes Ferreira de Andrade, compareceu ao Fórum Criminal José Mathias de Almeida Netto, no Centro de Vitória, nesta segunda-feira (23) para acompanhar o primeiro dia do julgamento dos acusados pelo assassinato da médica Milena Gottardi.
"Por conta da agenda institucional não posso acompanhar todos os dias, mas não podia deixar de estar aqui hoje, acompanhando os colegas, apoiando o trabalho do Ministério Público. É um trabalho árduo, de muito tempo de estudo, de muita responsabilidade. A gente busca a verdade", disse.
A chefe do MPES explicou que o caso Milena Gottardi representa ainda essa cultura de machismo presente na sociedade.
"Essa cultura de machismo que não aceita uma ruptura, um fim de relacionamento. Estraga-se uma vida inteira, de uma mulher que era uma profissional talentosa, importante no que fazia, cuidava de tantas crianças (com câncer). Pra família dela também, era uma mãe — das filhas de um dos réus, das netas de outro réu! Simboliza uma cultura que a gente precisa romper, que a gente precisa falar dela, para mudar comportamentos. Para que as pessoas sejam livres, que se respeitem e que vivam em harmonia na sociedade".
Luciana Andrade disse ainda que a expectativa para os próximos dias é de muitas reflexões importantes para a sociedade e de punição para os culpados.
"Hoje a gente tem uma expectativa de muitos dias de plenário, de muitas reflexões para a sociedade. A imprensa tem um papel fundamental nisso, de estimular essa mudança de cultura que é difícil, está introjetada na gente há muito tempo"
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