No mesmo dia em que Walter Gomes Ferreira completou 70 anos de idade, a defesa do coronel reformado Polícia Militar entrou, quarta-feira (18), com pedido de prescrição criminal no caso do assassinato do comerciante Luiz Carlos Freire. A legislação penal prevê que, nessa idade, a contagem do prazo prescricional cai pela metade. A informação foi dada pela defesa de Ferreira e confirmada pela reportagem em consulta no site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES).
O julgamento do caso estava marcado para abril de 2023, porém foi adiado cinco vezes. A última data havia sido marcada para o último dia 16, no entanto foi suspensa pelo juiz da 4ª Vara Criminal de Cariacica Alexandre Pacheco Carreira. A petição para prescrição ainda será analisada pelo juiz.
Vale ressaltar que a prescrição criminal não significa que um réu tenha sido considerado culpado ou inocente, apenas que o Estado não pode mais aplicar uma pena ao indivíduo. O coronel reformado segue preso no Quartel da Polícia Militar em Maruípe, Vitória. Um dos crimes pelo qual foi condenado é o do assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, morto em 2003.
Luiz Carlos Freire foi assassinado no dia 30 de novembro de 1992 em Flexal I, Cariacica, após sair de um bar. Mais de 10 anos depois do crime, a Justiça tornou o coronel Ferreira réu, como mandante. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Ferreira e Joel Freire encomendaram o assassinato a Manoel Correa da Silva Filho, apontado como intermediário.
Manoel Correa chegou a ser preso e disse em depoimento que Ferreira seria o chefe de uma organização criminosa responsável por crimes de mando. Depois disso, Manoel foi transferido de presídio e morto poucas horas depois de dar entrada na carceragem. Ainda segundo a denúncia, o motivo do crime seria um desentendimento por conta da divisão de terras recebidas como herança.
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