A Justiça negou o pedido para que o processo sobre a morte da modelo Luísa Lopes — atropelada em meados de abril na Avenida Dante Michelini, no bairro Jardim da Penha, em Vitória — corra em sigilo. O requerimento havia sido feito pela defesa da corretora Adriana Felisberto Pereira, indiciada pelo acidente que matou a ciclista. A decisão foi proferida na última sexta-feira (29).
Conforme consta na decisão da juíza Cláudia Vieira de Oliveira Araújo, da 6ª Vara Criminal de Vitória, os advogados que defendem a corretora alegaram "exacerbada publicidade (do caso) feita pela imprensa" e que ela tem sofrido "ameaças de pessoas" — o que não teria sido provado.
Com base nesses argumentos, a magistrada indeferiu o requerimento. No mesmo documento, a juíza ressaltou a prisão em flagrante da acusada e a liberdade provisória concedida após o pagamento da fiança. Atualmente, a Justiça aguarda o recebimento do inquérito policial para dar andamento ao processo.
Há duas semanas, a Polícia Civil afirmou que ainda analisaria imagens de videomonitoramento fornecidas pela Prefeitura de Vitória e que elaboraria um laudo junto às informações colhidas no local do acidente.
Em nova nota enviada nesta terça-feira (3), a PC informou apenas que o fato é investigado pela Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito e que "nenhuma outra informação será repassada" para preservar a apuração.
A modelo Luísa Lopes, de 24 anos, morreu após ser atropelada na Avenida Dante Michelini, na altura do bairro Jardim da Penha, em Vitória. O acidente fatal aconteceu na noite de 15 de abril deste ano. O carro que atingiu a ciclista seria dirigido pela corretora Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos.
Na data do atropelamento, a motorista foi presa em flagrante por embriaguez ao volante. Segundo a Polícia Militar, ela apresentava sinais de embriaguez e se negou a fazer o teste do bafômetro. No dia seguinte, ela pagou uma fiança de R$ 3 mil e deixou a prisão, mas deve obedecer algumas medidas restritivas.
Para conceder a liberdade provisória, o magistrado José Leão Ferreira Souto considerou a ausência de antecedentes criminais e a própria autuação. Na decisão, o juiz destacou que policiais afirmaram ter recebido, no local do acidente, a informação de que outro carro teria atropelado a modelo.
Entretanto, no dia 19 de abril, A Gazeta teve acesso a imagens de videomonitoramento da Prefeitura de Vitória que mostram o momento do acidente. Segundo o município, a vítima atravessava fora da faixa, com o sinal aberto para os veículos, e não houve envolvimento de outro automóvel.
Questionado sobre as imagens e informações divulgadas pela administração da Capital, o advogado Jamilson Monteiro Santos, responsável pela defesa de Adriana, afirmou apenas que aguarda a conclusão do inquérito policial.
Representando a família da modelo, o advogado Marcos Vinícius Sá defendeu que o vídeo não muda o panorama e que é preciso investigar a velocidade do carro e o estado da motorista quando o acidente aconteceu. "Houve um homicídio e é preciso que apurem a morte da Luíza Lopes", afirmou.
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