A Policia Militar do Espírito Santo cedeu 21 policiais para a Força Nacional para atuar em missão no Rio de Janeiro. Os 20 praças e um oficial embarcaram na noite de terça-feira (3) para Brasília, onde passarão por treinamento antes de seguir para a capital fluminsense. Na última segunda-feira (2), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, assinou a portaria que autoriza a ida de agentes federais para o Rio.
O secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Coronel Alexandre Ramalho, diz que, ainda no sábado (30 de setembro), recebeu uma ligação do secretário nacional de Segurança Pública, Carlos Renato Machado Paim, pedindo apoio das polícias dos entes federados para que tivessem "solidariedade com o Rio de Janeiro".
"Entendemos que é importante (ceder os militares). Apesar de termos dificuldades hoje no efetivo ideal, é importante demonstrar solidariedade com o Rio de Janeiro e com o governo federal", disse.
Ramalho justificou ainda a ação dizendo que há lideranças de facções criminosas capixabas que estão refugiadas nas comunidades cariocas, amparadas por outras facções, como o Comando Vermelho e o PCC, o que fortalece as compras de armas e drogas entre os dois Estados.
Os 21 militares capixabas que integrarão a Força Nacional se voluntariaram para a tarefa e atuam em grupos estratégicos da PM, como o Batalhão de Missões Especiais, a Força Tática e o Batalhão de Ações com Cães. A missão terá duração de 30 dias, podendo ser prorrogada por mais 30. Pela atuação, ganham salário pago pela PMES mais uma diária paga pelo governo federal.
Embora a Força Nacional seja comandada pelo governo federal, na ação no Rio de Janeiro, quem vai executar o plano de segurança será o governo do Estado do Rio. É esperado que 300 agentes reforcem a segurança na capital fluminense, que passa por mais uma crise.
Inicialmente, segundo apuração do g1 RJ, os agentes da Força Nacional serão responsáveis por vigiar as entradas do Complexo da Maré, enquanto as polícias Militar e Civil farão operações diárias na comunidade, na tentativa de cumprir dezenas de mandados de prisão em aberto.
Além disso, auxiliarão na instalação de câmeras de reconhecimento facial nas ruas da Maré. O complexo de favelas não será ocupado. Além da Maré, o governo do Estado fará ações em outras comunidades e áreas com a ajuda da Força Nacional.
Em entrevista para A Gazeta, Ramalho reforçou a importância de manter um vínculo com o Rio de Janeiro. Ele disse que esteve recentemente no Estado vizinho fazendo uma visita às secretaria de Segurança do Rio — são duas, uma secretaria da Polícia Militar e outra da Polícia Civil.
É esperado, com isso, que eles retribuam a visita nesta sexta-feira (6) para conhecer o cerco inteligente do governo do Estado.
"Estamos reforçando esses laços de operacionalidade. É importante ter esse vínculo hoje com o Rio de Janeiro, embora possa sofrer alguma critica coma dificuldade de efetivo", apontou.
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