O responsável por matar o jovem Avilson Bermond Júnior a marteladas em Domingos Martins, na Região Serrana do Espírito Santo, está atrás das grades. O rapaz de 25 anos foi indiciado por homicídio qualificado e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na última quinta-feira (8), conforme informações divulgadas nesta terça-feira (13). Segundo a polícia, os dois eram amigos.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito estava preso temporariamente desde o último dia 12 de março — dois dias após o crime. As imagens de videomonitoramento mostraram ele saindo do local do crime sozinho, um minuto depois de o vizinho ter ouvido a vítima agonizar, perto da própria casa.
"O laudo concluiu que a vítima foi espancada com um martelo na região da cabeça e no tórax. A causa da morte foi a perfuração do pulmão, uma vez que a agressão fraturou três costelas e perfurou o órgão", afirmou o delegado Geraldo Rodrigues Peçanha, titular da Delegacia de Polícia de Domingos Martins.
O que continua sendo um mistério para a polícia é a motivação do homicídio, já que o autor preferiu ficar em silêncio e se manifestar apenas no decorrer do processo criminal, em juízo. "Só ele sabe o que o levou a cometer um crime tão brutal", disse o delegado responsável pela investigação.
O rapaz de 25 anos era tratado pela polícia como principal suspeito desde que tudo aconteceu, pois era a única visita na residência naquela data. Embora a mãe estivesse na casa quando o filho foi morto, ela não ouviu nada porque já dormia sob efeito de fortes medicamentos e só acordou de madrugada, com a chegada da Polícia Militar.
"O suspeito chegou a ser conduzido à delegacia no dia do crime e só não foi autuado em flagrante naquela ocasião porque nos autos ainda não havia elementos suficientes que sustentassem a prisão", explicou o delegado. Por fim, o suspeito foi detido na residência em que morava, no bairro Jardim América, em Cariacica.
Poucas horas depois do assassinato, no próprio dia 10 de março, a reportagem de A Gazeta entrevistou a irmã mais velha de Avilson, a vendedora Priscila Walter Bermond Cardoso. Na época, ela revelou que diversos cômodos da casa em que o irmão vivia com a mãe, no Centro de Domingos Martins, foram encontrados sujos de sangue.
"Tinha sangue no quarto dele, na beira da cama, no interruptor. Meu irmão ainda desceu as escadas, porque tinha sangue na parede e na cortina", revelou, bastante chocada. O martelo usado no crime era da família e foi achado com o cabo sujo de sangue, na residência. O corpo da vítima foi encontrado caído no terreno ao lado.
Avilson Bermond Júnior tinha 25 anos, era funcionário do município e trabalhava recolhendo lixo. A família não sabia de qualquer desentendimento dele com alguém e o descreveu como uma pessoa "carinhosa, brincalhona, divertida e atenciosa". Duas semanas antes de morrer, ele tinha ajudado no resgate de gatinhos encontrados na rua.
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