Cinco anos depois, o caso do crime brutal que tirou a vida da advogada Gabriela Silva de Jesus, na Serra, vai a júri popular nesta quarta-feira (19). O julgamento dos acusados, o ex-noivo da vítima, Rogério Costa de Almeida, e o amigo dele, Alexandre Santos de Souza, está previsto para começar às 13h no Fórum da Serra. Eles estão presos desde o dia seguinte ao assassinato,
A advogada tinha 24 anos e foi morta no dia 24 de agosto de 2017 no bairro Colina de Laranjeiras. Segundo a polícia, ela foi sequestrada pelo ex-noivo e o amigo dele, torturada e estrangulada. Os acusados – o ex-noivo Rogério Costa de Almeida, que, à época, tinha 34 anos e era estudante de Direito, e o amigo dele, Alexandre Santos de Souza – teriam tentado simular um acidente, atropelando a vítima quando ela já estava sem vida.
A Polícia Civil foi acionada por volta das 21h20 do dia 24 de agosto de 2017 para um atropelamento fatal na Rua Monte das Oliveiras, em Colina de Laranjeiras, na Serra. No local, porém, os peritos constataram que a vítima possuía marcas de estrangulamento. Após investigações, policiais chegaram até Rogério e Alexandre, que foram presos em flagrante.
Segundo a polícia, a advogada saiu de casa para ir ao trabalho, por volta das 11 horas. Quando seguia para o ponto de ônibus, foi abordada pelo ex-noivo, que dirigia um Fiat Idea, acompanhado do amigo, o motorista Alexandre.
Alexandre, que portava uma arma falsa, rendeu Gabriela e a obrigou a entrar no veículo. Segundo depoimento do próprio Rogério à polícia, os dois ficaram circulando com a vítima refém durante todo o dia.
À época do crime, o delegado Janderson Lube, que era o titular da Delegacia Especializada de Homicídio Contra a Mulher, disse que Gabriela foi mantida refém até 20 horas, quando teria conseguido sair do veículo pedindo por socorro, mas foi novamente abordada, agredida com socos e chutes, e depois estrangulada. "Os indícios são de que os autores sequestraram a vítima, torturaram durante as oito horas em que ela permaneceu em poder deles e, depois, com a tentativa dela de fugir, eles a mataram”, disse.
Segundo o delegado, houve testemunhas que confirmaram a tentativa de fuga da advogada e as agressões que ela sofreu. “Isso ocorreu em um momento em que eles estavam já próximos ao local onde ela foi morta. Houve uma tentativa de ela sair do carro. Ali, os dois agridem a vítima com socos e chutes. Depois, um deles dá uma gravata nela e ela cai já desacordada".
Com a vítima já morta dentro do carro, a polícia afirmou que os assassinos ainda passaram com o carro por cima do corpo de Gabriela para simular um acidente. Foi quando a Polícia Civil recebeu o acionamento para ir ao local de um suposto atropelamento fatal, mas, lá, os peritos identificaram que a vítima tinha sinais de estrangulamento, e foi iniciada a investigação criminal.
Nas imagens acima é possível observar a movimentação dos acusados, em um carro preto, até cometerem o sequestro da advogada. Primeiro, eles se aproximam do prédio onde a vítima morava e param na esquina. No entanto, os criminosos decidem se afastar e estacionam o veículo, um Fiat Idea, de forma que Gabriela, ao andar na calçada, em direção ao ponto de ônibus, não perceba que eles estão ali esperando para a abordagem. Quando a vítima se aproxima do carro, ela é rendida e empurrada para dentro do veículo.
Informações divulgadas pela polícia apontam que Gabriela e Rogério namoraram de fevereiro de 2012 até janeiro de 2017, quando, já noivos, terminaram a relação. Segundo a polícia, o crime teria sido cometido devido a ciúmes, já que Gabriela estava em outro relacionamento e Rogério não aceitava.
Rogério foi preso na madrugada do dia seguinte ao crime, enquanto estava dormindo. Ele não resistiu à prisão e entregou a participação de Alexandre, que também foi preso em casa, no município de Vila Velha. Os dois foram indiciados por sequestro, tortura e homicídio qualificado.
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