A Justiça manteve a prisão preventiva do ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves, acusado de ter estuprado e matado o filho Joaquim Alves e o enteado Kauã Butkwoiski, em Linhares, na Região Norte do Espírito Santo, há cerca de quatro anos. A decisão foi publicada na última quinta-feira (23) e determinou que ele fique atrás das grades até o julgamento.
No documento, o juiz Tiago Fávaro Camata, da 1ª Vara Criminal de Linhares, argumentou que a prisão de Georgeval é importante para garantir a ordem pública e o bom andamento do processo. O magistrado também determinou o início das providências para que o júri popular seja feito para julgar o réu.
As crianças foram mortas no dia 21 de abril de 2018, na residência onde moravam, no Centro de Linhares. Segundo a Polícia Civil, elas sofreram abuso sexual e estavam vivas, desacordadas em uma cama, antes de um incêndio criminoso matá-las. Na casa com elas estava Georgeval Alves Gonçalves, acusado do crime.
O ex-pastor era pai de Joaquim Alves, de três anos, e padrasto de Kauã Salles Butkovsky, de seis anos — filho do primeiro casamento de Juliana Pereira Sales Alves com o empresário Rainy Butkovsky. Juliana teve outro filho com Georgeval, além de Joaquim.
Georgeval foi detido durante as investigações. Em maio de 2019, por decisão do juiz André Bijos Dadalto, da Primeira Vara Criminal de Linhares, ele foi pronunciado — decisão que o encaminhou para o Tribunal do Júri — por homicídio duplamente qualificado, estupro de vulneráveis e tortura.
Após essa decisão, recursos foram apresentados pelos advogados de defesa e analisados pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo. A data do julgamento ainda não foi marcada.
A versão anterior desta matéria informava que a Justiça havia mantido a prisão provisória de Georgeval Alves Gonçalves, mas o correto é afirmar que foi mantida a prisão preventiva do acusado. O texto foi corrigido.
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